Homicídio cometido em 2003 é desvendado e ex-policial é denunciado pelo MPE à Justiça da Bahia

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Resgatados no curso do cumprimento da “Meta 2” da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), que consiste em concluir todos os inquéritos sobre homicídios instaurados até 2007 e que ainda encontram-se em aberto, dois casos relativos a crimes cometidos na Bahia, no ano de 2003, foram elucidados e seu único autor denunciado à Justiça. Acusado de assassinar a namorada Jômara Araújo Ferreira e tentar contra a vida de João Santana Alves, o ex-policial civil Ivon Barbosa da Silva Santana poderá ir a júri popular. Ele foi denunciado por homicídio e tentativa de homicídio.

Segundo informam os membros do Ministério Público estadual, o ex-policial executou a namorada em 5 de julho de 2003. Isso, indicam as investigações, para que ela não o delatasse, visto que ele “vivia ao arrepio da lei, sempre com negócios escusos, paralelos à atividade policial, utilizando-se do seu cargo para obter vantagens” e Jômara “sabia demais”. Na denúncia está registrado que “a vontade de tolher a vida da vítima era tamanha que o brutal assassinato começou a ser arquitetado meses antes do fato”. Em princípio, Ivon Santana convidou um amigo para participar do crime, mas o mesmo se recusou, constata o inquérito, sinalizando que, logo depois, o ex-policial procurou João Santana Alves e lhe propôs a execução de Jômara, oferecendo em troca a vida de um desafeto de João. Como as tentativas foram frustradas, relatam promotores de Justiça, o próprio Ivon acabou preparando e executando o crime, que foi cometido de maneira torpe e com impossibilidade de defesa pela vítima.

Jômara, que há cinco anos namorava o então policial, foi assassinada após ser pega em emboscada e levada para lugar ermo, antes da divisa com o estado de Sergipe. Naquele mesmo dia, Ivon Santana chegou a ligar para o telefone público que fica ao lado da casa da vítima para procurá-la. Isso, destaca a denúncia, para que as pessoas não desconfiassem da autoria do crime. De acordo com os membros do MP, dias antes de executar a namorada, o ex-policial tentou contra a vida de João Alves. Ele deflagrou três tiros contra a vítima, que não morreu por circunstâncias alheias à sua vontade, destacam os promotores, explicando que Ivon resolveu matar João por “pura vingança”, visto que ele não havia aceitado assassinar Jômara.

*Com informação : Ministério Público na Bahia


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