7 de março. Mahasamadhi de Paramahansa Yogananda

Baiano de Salvador, Juarez Duarte Bomfim é sociólogo e mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutor em Geografia Humana pela Universidade de Salamanca, Espanha; e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Baiano de Salvador, Juarez Duarte Bomfim é sociólogo e mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutor em Geografia Humana pela Universidade de Salamanca, Espanha; e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Yogananda deixou a vida terrena em 07 de março de 1952. Em seu último discurso, realizado no Hotel Biltmore, durante um jantar promovido pela Self-Realization Felowship em homenagem ao embaixador da Índia Binay R. Sen, Paramahansa Yogananda homenageou o convidado, terminando seu discurso com estas últimas palavras:

“Eu tenho orgulho de ter nascido na Índia. Eu tenho orgulho de nós termos um grande embaixador representando minha Índia Espiritual. Eu tenho muito orgulho hoje. Frequentemente eu declamo: Mesmo que fogos mortais devastem suas casas e seus dourados arrozais, Para dormir sobre suas cinzas e sonhar com a imortalidade, oh Índia, aí hei de estar! Deus criou a terra; O homem criou os países confinantes e suas imaginárias e frias fronteiras. Mas o Ganges, as florestas, as cavernas do Himalaia e os homens sonham com Deus. Sou abençoado, meu corpo tocou esse solo.”

Após declamar esse trecho de seu poema “Minha Índia”, Yogananda esgueirou-se para o chão, tendo em seu rosto um tranquilo sorriso, que misteriosamente permaneceu em seu semblante durante os 20 dias em que ficou exposto para despedida de devotos de vários Países. Segundo atestam muitos dos seus discípulos diretos, ele sempre dizia:

“Eu não quero morrer em um leito, mas sim calçado com minhas botas, falando de Deus e da Índia.”

Seu mahasamadhi,¹ foi, para seus discípulos e admiradores, mais uma prova de sua realização divina. Seu corpo, mesmo após vinte dias após a morte, continuava sem vestígio algum de decomposição, em estado de fenomenal imutabilidade, como atesta uma carta do diretor do cemitério de Forest Lawn, em Los Angeles. Inevitável não lembrar de casos semelhantes que constam dos anais da Igreja Católica, como São João da Cruz e Santa Teresa d’Ávila.

Trecho da carta disponível na Autobiografia de um Iogue: “A ausência de quaisquer sinais visíveis de decomposição no cadáver de Paramhansa Yogananda constitui o mais extraordinário caso de nossa experiência. Nenhuma desintegração física era visível no corpo, mesmo vinte dias após a morte. O corpo estava sendo observado diariamente no Necrotério do Forest Lawn Memorial-Park, desde 11 de março de 1952, o dia dos últimos ritos públicos, até 27 de março de 1952, quando a urna de bronze foi lacrada com fogo. Durante este tempo, nenhum indício de bolor revelava-se em sua pele e nenhum dessecamento (secagem) ocorreu nos tecidos orgânicos. Tal estado de preservação perfeita de um corpo, até onde vão nossos conhecimentos dos anais mortuários, é algo sem paralelo.”

¹-Mahasamadhi é a saída consciente do invólucro do corpo físico para planos espirituais. Um iogue consciente recebe a dádiva de saber que sua missão com o corpo físico está chegando ao fim, a fim de orientar todos aqueles que o rodeiam, evitando assim um desligamento brusco.


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