Brasil x Espanha: Cenários possíveis | Por Juarez Duarte Bomfim

Juarez Duarte Bomfim é sociólogo e mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutor em Geografia Humana pela Universidade de Salamanca, Espanha; e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Juarez Duarte Bomfim é sociólogo e mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), doutor em Geografia Humana pela Universidade de Salamanca, Espanha; e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Domingo, a grande final tão esperada. A melhor seleção do mundo, Espanha, contra a seleção dos melhores jogadores do mundo – Brasil. È tudo grandioso, mesmo que o desentrosamento não leve os brasileiros a acertarem um passe sequer, enquanto raramente os espanhóis erram algum.

O que vai acontecer? O que pode acontecer?

Vamos projetar cenários possíveis, começando pelo mais trágico.

Cenário I: Espanha 4 X 0 Brasil

A Seleção brasileira não é o vergonhoso Santos da Final de 2011… mas lembra em tudo. Foi amordaçado, nocauteado, imobilizado desde os primeiros minutos da partida pelo “jogo-treino” dos catalães do Barça, que consiste em colocar os jogadores adversários na humilhante brincadeira de “bobinho”, até conseguirem dar o bote final. Gol. E foram muitos: quatro. Filipão já era. Para nosso desespero Dunga reassume.

Cenário II: Brasil 3 X 1 Espanha

Lembram da Final da Copa do Mundo de 1998? A vitória francesa já estava traçada, anunciada quando da entoação do Hino francês, A Marselhesa, que exorta os seus combatentes a estripar os adversários. E foi o que fizeram…

E… corta para o Maracanã, 30 de junho de 2013. Absurdamente, a esclerosada Fifa insiste no crime lesa-pátria e não toca todo o Hino Nacional Brasileiro. Ninguém vai dar voz de prisão a esses invasores? Todavia isso tem propiciado um espetáculo emocionante, quando jogadores, arquibaldos e geraldinos entoam a capela, entusiasticamente, o “Ouviram do”.

Esse é o prenúncio do abatimento dos espanhóis. Começa o jogo, eles tentam colocar os bons e desentrosados jogadores brasileiros na roda. A torcida faz a sua parte: apupa, protesta. No histórico e novo Maracanã onde se vaia até minuto de silêncio. Os apupos são maiores quando os caras do time de lá insistem em atrasar covardemente a bola.

As vaias e apupos ajudam a desmontar o tedioso e desinteressante esquema dos caras. Afinal de contas, o mal-humorado Vicente del Bosque não tem o gênio de Pep Guardiola.

Impulsionados pela torcida, errando tudo que é passe, mesmo assim os brasileiros aproveitam o oportunismo do salvador da pátria, fred, e enfia – lá ele – na meta dos adversários. Paulinho do Coríntians faz o segundo e, para glória nacional e retorno financeiro do Barcelona, o menino Neymar coroa a vitória com mais um gol de placa. Depois de Neymar só o apocalipse. Ah… ainda há tempo para os abatidos espanhóis fazerem seu gol de honra.

A pátria em chuteiras comemora feliz. Manifestantes seguem protestando. Mas isso só na segunda-feira.


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