Em entrevista exclusiva, cordelista Jurivaldo Alves da Silva diz que possui importante acervo e que sonha em montar museu, mas aguarda convite dos governos

Jurivaldo Alves da Silva lembra que a literatura de cordel tem um traço cultural nordestino.
Jurivaldo Alves da Silva lembra que a literatura de cordel tem um traço cultural nordestino.

O Jornal Grande Bahia entrevista com exclusividade o cordelista Jurivaldo Alves da Silva, 65 anos, natural de Baixa Grande, que a cerca de 50 anos fixou residência em Feira de Santana, destacando-se com um dos mais atuantes defensores da literatura de cordel no Brasil.

Durante a entrevista, Jurivaldo fala do sonho em montar um museu com centro de pesquisa sobre o cordel, além de alerta para a morte de um importante elemento da cultura nordestina. Uma das formas que atua no intuito de manter vivo este elemento cultural, é tentando despertar na juventude o interesse pela literatura de cordel.

Confira a entrevista

Jornal Grande Bahia – Como é o trabalho de produção e venda de cordéis?

Jurivaldo Alves da Silva – O cordel é trabalho com muito prazer, e estou resgatando uma cultura que foi o maior veículo para combater o analfabetismo do Brasil, o maior veiculo de comunicação e praticamente está se acabando. Eu luto há mais de 40 anos, e estou mantendo está tradição, essa cultura. É uma coisa que eu faço com amor, é uma coisa de muita importância para que chegue ao conhecimento da juventude, para ver se surge mais cordelista para que a cultura não morra.

JGB – Além da venda de cordéis, o senhor também escreve?

Jurivaldo Alves da Silva – Escrevo, pesquiso, coleciono, divulgo tudo que pertence o cordel. Eu faço um pouquinho, juntando tudo, da um bom trabalho, uma boa divulgação.

JGB – O senhor deve ter um significativo acervo de cordéis. O que o senhor pretende fazer com ele?

Jurivaldo Alves da Silva – Eu estou organizando um museu. Vamos dizer assim, itinerantemente, eu não vi em canto nenhum essa ideia, então considero uma ideia minha, de criar um museu do cordel. Atualmente possuo cerca de quatro mil cordéis, de diferentes autores, com títulos diferentes. Tenho também um grande acervo sobre e história e a origem do cordel, como surgiu, a disciplina a modalidade, a biografia das maiores autoridades do cordel, é praticamente um centro de pesquisa. Tenho esse sonho, de montar um museu com centro de pesquisa sobre o cordel. Estou com o material pronto para atender qualquer convite, em qualquer cidade.

Confira as fotos

Jurivaldo Alves da Silva escreve e vende cordéis.
Jurivaldo Alves da Silva escreve e vende cordéis.
Jurivaldo Alves da Silva escreve e vende cordéis.
Jurivaldo Alves da Silva escreve e vende cordéis.
Jurivaldo Alves da Silva escreve e vende cordéis.
Jurivaldo Alves da Silva escreve e vende cordéis. (Foto: Carlos Augusto (Guto Jads) – Jornal Grande Bahia)
Jurivaldo Alves da Silva lembra que a literatura de cordel tem um traço cultural nordestino.
Jurivaldo Alves da Silva lembra que a literatura de cordel tem um traço cultural nordestino.
Jurivaldo Alves da Silva: "O cordel é trabalho com prazer. Estou resgatando uma cultura que foi o maior veículo para combater o analfabetismo do Brasil". (Foto: Carlos Augusto (Guto Jads) – Jornal Grande Bahia)
Jurivaldo Alves da Silva: “O cordel é trabalho com prazer. Estou resgatando uma cultura que foi o maior veículo para combater o analfabetismo do Brasil”. (Foto: Carlos Augusto (Guto Jads) – Jornal Grande Bahia)
Jurivaldo Alves da Silva escreve e vende cordéis.
Cordéis apresentados por Jurivaldo Alves da Silva.
Cordéis apresentados por Jurivaldo Alves da Silva.
Jurivaldo Alves da Silva mantém cultura do cordel.
Jurivaldo Alves da Silva mantém cultura do cordel.
Jurivaldo Alves da Silva mantém cultura do cordel.
Jurivaldo Alves da Silva fala do sonho em montar um museu com centro de pesquisa sobre o cordel, além de alertar para a morte de um importante elemento da cultura nordestina.
Jurivaldo Alves da Silva fala do sonho em montar um museu com centro de pesquisa sobre o cordel, além de alertar para a morte de um importante elemento da cultura nordestina.
Jurivaldo Alves da Silva fala do sonho em montar um museu com centro de pesquisa sobre o cordel, além de alertar para a morte de um importante elemento da cultura nordestina.
Jurivaldo Alves da Silva fala do sonho em montar um museu com centro de pesquisa sobre o cordel, além de alertar para a morte de um importante elemento da cultura nordestina.
Jurivaldo Alves da Silva faz leitura de um cordel.
Jurivaldo Alves da Silva faz leitura de um cordel.

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