Professores da Universidade Estadual de Feira de Santana aprovam paralisação

Vista aérea da UEFS, em Feira de Santana. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Vista aérea da UEFS, em Feira de Santana. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Vista aérea da UEFS, em Feira de Santana. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Vista aérea da UEFS, em Feira de Santana. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)

Em assembleia, os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) aprovaram a paralisação das atividades acadêmicas para esta quarta-feira (09/10/2013), com o objetivo de denunciar à sociedade a situação crítica em que se encontram as instituições públicas de ensino superior no Estado por causa da falta de recursos. Além de não pagar aos credores (terceirizados, fornecedores, etc), o governo ainda enviou à Assembleia Legislativa (Alba) um projeto de Lei Orçamentária Anual para 2014 que diminui os recursos para investimentos e custeios. No caso da Uefs, a redução equivale a R$ 4.248.600 milhões. Preocupados com as consequências dessa redução, os docentes iniciam a partir deste mês uma campanha de denúncia pública.

A paralisação das atividades faz parte das ações a serem realizadas no dia 9 de outubro, aprovado pelas entidades representativas de estudantes, professores e técnico-administrativos, como Dia Estadual de Luta por 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as Universidades Estaduais. Atualmente, o orçamento das quatro instituições não alcança sequer 5% da RLI, mas o governo Wagner quer manter o mesmo valor para o próximo ano.
Os sinais da crise vão desde o atraso no pagamento dos terceirizados e fornecedores, até a piora nas condições de trabalho e estudo. A lista do que falta é grande: salas, laboratórios, equipamentos, professores, pessoal técnico-administrativo, materiais, recursos para a política de permanência, a exemplo da ampliação da residência estudantil e do bandejão, dentre outros problemas. Além disso, direitos dos professores são desrespeitados, como a progressão e promoção na carreira acadêmica e a mudança no regime de trabalho.
A luta dos professores, que não é recente, tem como bandeira a defesa do patrimônio público, pois as quatro Universidades Estaduais, nesses últimos trinta anos, têm sido muito importantes na interiorização da Educação Superior pública e na produção de conhecimentos fundamentais para o desenvolvimento sócio-econômico e artístico-cultural na Bahia.
Os professores não vão aceitar que o governo continue implementando uma política de desmonte e de sucateamento das universidades, nem desrespeitando a autonomia universitária, prevista constitucionalmente. Se preciso for, o Movimento Docente enfrentará o governo, como já o fez anteriormente, com a mobilização. O compromisso dos docentes é com uma universidade pública, gratuita, autônoma e de qualidade, que atenda aos anseios e necessidades da maioria da sociedade.


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