Café baiano é campeão em concurso nacional

Campeão do 10º Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café pela primeira vez, o produtor Eufrásio Souza Lima, do Sítio Boa Vista, em Barra do Choça diz que procura sempre melhorar a sua produção e atribui a vitória aos investimentos e apoio das secretarias municipais e estadual de Agricultura, além da assistência técnica da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola. O concurso, que aconteceu no dia 2 de dezembro, é promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), disputado pelos estados produtores que inscrevem os lotes representativos da qualidade de seus cafés, selecionados em certames oficiais.

“Esta é a primeira vez que somos campeões nacionais de um concurso, mas no estado, já participamos de outros concursos e ganhamos em quase todos. Este, em especial foi emocionante por conta do período de estiagem pelo qual o Nordeste passa, e mesmo assim, conseguimos nos destacar”, disse Eufrásio.

O município de Barra do Choça é considerado o maior produtor individual de café do Norte/Nordeste do País, e se destaca na produção de cafés de qualidade, uma vez que oitenta e três por cento da atividade econômica do município está baseada nesta cultura.

Para o presidente da Abic, Américo Takamitsu Sato, de modo geral todos os cafés que concorreram foram considerados de ótimos a excelentes pela Comissão Julgadora, mas acredita a seca ou as chuvas excessivas influenciaram na qualidade geral dos cafés.

A organização do evento acredita que os problemas climáticos ocorridos nesta safra não permitiram um número maior de lotes inscritos. “A Bahia concorreu somente com este microlote; Minas Gerais também concorreu apenas com um lote de Café Natural, e o Espírito Santo não enviou amostra representativa. São Paulo inscreveu 3 lotes, um em cada categoria (Natural, Cereja Descascado e Microlote) e o Paraná 2 lotes (Cereja Descascado e Microlote)”, diz Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC.

Os sete lotes inscritos foram analisados detalhadamente pela Comissão Julgadora no laboratório do CPC – Centro de Preparação de Café do Sindicafé – São Paulo, e provados, às cegas repetidas vezes, em duas avaliações: pela metodologia do PQC – Programa de Qualidade do Café, da ABIC, para café torrado, e pela metodologia da SCAA – Specialty Coffee Association of America, para grão verde.