Indústria naval expande na Bahia

Vista aérea das obras do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Vista aérea das obras do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Vista aérea das obras do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)
Vista aérea das obras do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe. (Foto: Carlos Augusto | Jornal Grande Bahia)

O segmento de construção de navios de grande porte, no Brasil, encontra-se em expansão e existe uma carteira significativa de contratos e perspectiva de contratações adicionais. Seu Parque Industrial tem capacidade para construção de estruturas de grande complexidade, contudo, neste momento, os desafios são aumentar a produtividade, ampliar a base industrial para fazer frente à expansão da demanda e aumentar o conteúdo nacional.

No ramo da indústria naval, especialmente da indústria offshore, a Bahia abriga a construção de equipamentos desde a década de 70 e teve um papel importante na primeira fase da exploração brasileira de petróleo no mar e na construção de plataformas fixas. Além disso, o estado dispõe de condições favoráveis à dinamização do setor devido à disponibilidade de áreas costeiras com condições físicas adequadas para a atividade.

Novas estruturas nos portos e, até mesmo, novas funções estão sendo criadas para dar conta do crescimento na área naval. Os projetos previstos incluem a construção e modernização de estaleiros na Bahia.

Atualmente, está sendo implantado o Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP) no município de Maragogipe, empreendimento que transformará a Bahia no maior parque de construção naval do Nordeste. O projeto prevê a implantação de uma unidade de produção moderna e capaz de construir, em dique seco, cascos de navios, navios sonda (Drilling Ships), módulos para plataformas e FPSOs e realizar a consequente integração destes equipamentos.

No mesmo município, está localizado o Canteiro São Roque do Paraguaçu, uma instalação da Petrobras cedida a empresas terceirizadas para executar projetos específicos. Neste momento, o Consórcio Rio Paraguaçu está instalado no local, contratado pela Petrobras Netherlands B.V. para a execução de serviços de engenharia, suprimentos e construção das plataformas de perfuração auto-elevatórias P-59 e P-60, que retomam a produção nacional deste modelo de plataforma, pois unidades similares não eram construídas no Brasil há quase 30 anos.

Para o desenvolvimento das atividades náuticas, o estado da Bahia possui um dos maiores potenciais do globo e faz parte da região do Brasil com maior vocação para o turismo náutico no mundo: o Nordeste. Com 1.188 km de litoral navegável e a maior baía tropical do mundo, o litoral baiano dispõe de ventos constantes e favoráveis à prática de esportes náuticos e inexistência de ocorrências de intempéries tais como furacões, tsunamis ou maremotos.

A pesca é outro significativo ramo para o desenvolvimento náutico. Este mercado vem crescendo em todas as modalidades: pesque-pague, aluguel de embarcações, hotéis-fazendas, barcos-hotéis e pesca esportiva em alto mar. Também são grandes as possibilidades de desenvolvimento do mergulho como esporte.

O estado da Bahia foi escolhido pelo Ministério do Turismo Brasileiro como Piloto do Turismo Náutico no Brasil. Um dos principais objetivos é transformar o estado na porta de entrada do turismo náutico internacional para o Brasil.

Atento a essas oportunidades, o Estado fornece apoio institucional e celeridade aos empreendimentos e projetos novos, em implantação ou operação, e oferta programas diretamente voltados para o segmento. Para o seu desenvolvimento, o Governo do Estado está propondo a implantação de um polo náutico na Bahia, que inclui um amplo conjunto de atividades envolvendo desde a construção de marinas, centros de formação profissional, tanto para o setor da indústria náutica quanto para navegação.

O Complexo Náutico Naval da Baía de Aratu, em fase de implantação, abrigará mais três empresas de fabricação de módulos, e a Marina de Aratu está sendo ampliada para abrigar cerca de 1.000 embarcações de esporte e lazer e empresas industriais, comerciais e prestadores de serviço do segmento náutico, além de mais 800 mil m² destinados a indústria de médio e grande porte da cadeia produtiva dos segmentos náutico e naval.

Oportunidades de investimento:

Instalação de estaleiros para construção de navios convencionais de grande porte;

Instalação de estaleiros para construção de plataformas, sondas e outras unidades offshore;

Instalação de estaleiros para construção de embarcações de apoio offshore;

Construção de canteiros para produção de módulos de plataformas e navios;

Instalações para construção de embarcações de turismo, esporte, lazer de pequeno porte e transporte de pessoas;

Desenvolvimento da cadeia produtiva;

Atração de empresas prestadoras de serviços para a cadeia naval e náutica;

Atração de fornecedores de equipamentos;

Diversificação da matriz industrial náutica do estado;

Desenvolvimento da indústria de peças náuticas de reposição;

Construção de marinas e outras estruturas náuticas;

Desenvolvimento da Pesca e Mergulho como Esportes.


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