Eleições 2014: Pesquisa Datafolha indica possibilidade de segundo turno com Dilma Rousseff

Pesquisa realizada pelo Datafolha realizada 3 a 5 de junho de 2014 mede intenção de voto para presidente da república, avaliação governo Dilma Rousseff, opinião sobre os protestos e expectativas econômicas.
Pesquisa realizada pelo Datafolha realizada 3 a 5 de junho de 2014 mede intenção de voto para presidente da república, avaliação governo Dilma Rousseff, opinião sobre os protestos e expectativas econômicas.

A presidente Dilma Rousseff (PT) viu sua vantagem na corrida pela Presidência da República diminuir e, se a eleição fosse hoje, teria os votos de 34% dos eleitores brasileiros. Seu oponente mais próximo, Aécio Neves (PSDB), obteria 19%, e em seguida viriam Eduardo Campos (PSB), com 7%, Pastor Everaldo (PSC), com 4%, Magno Malta (PR), com 2%, e José Maria (PSTU), Denise Abreu (PEN), Eduardo Jorge (PV), com 1%, cada.

Os nomes de Mauro Iasi (PCB), Levy Fidelix (PRTB) e Eyamel (PSDC) não atingiram pontuação mínimia. Votariam em branco ou nulo, neste cenário, 17% dos brasileiros, e 13% não souberam ou não quiseram opinar.

Na comparação com levantamento realizado no início de maio, no qual o nome do senador Magno Malta não havia sido incluído como opção de voto, Dilma Rousseff perdeu três pontos (tinha 37%), Aécio oscilou negativamente um ponto (tinha 20%), e Campos perdeu quatro pontos (tinha 11%). A fatia de votos em branco ou nulo oscilou um ponto (era de 16%), e a parcela dos que não opinaram cresceu cinco pontos (era de 8%).

A queda de Dilma foi mais acentuada nas regiões Norte (de 53% para 44%) e no Nordeste (de 54% para 48%), regiões em que ela tem maior folga sobre seus adversários. No Norte, quem mais se beneficiou da queda foi Aécio Neves, que foi de 13% para 17%, enquanto Campos recuou de 11% para 6%. Na região Sul, Aécio cresceu cinco pontos (de 16% para 21%), e no Sudeste foi de 22% para 25%, igualando-se a Dilma, que recuou de 29% para 26%.

Entre os que acreditam que a situação econômica do Brasil irá melhorar nos próximos meses, Dilma tem 51% das intenções de voto, ante 14% de Aécio. Na parcela dos pessimistas, que preveem piora na economia brasileira, o senador tucano tem 24%, ante 20% da petista. Entre aqueles que preveem que a economia ficará como está, 38% votariam em Dilma, e 19%, em Aécio.

No cenário em que Lula é apresentado como nome do PT para a disputa presidencial, ele obtém 44% das intenções de voto. Em seguida aparecem Aécio (18%), Campos (6%), Pastor Everaldo (3%), Magno Malta (2%), e José Maria (1%). Os demais não pontuaram neste cenário, 14% votariam em branco ou nulo, e 11% não opinaram.

Na pesquisa de intenção de voto espontânea, sem a apresentação de nomes aos eleitores, Dilma é apontada por 19%, no mesmo patamar registrado em maio (20%). O senador Aécio Neves aparece a seguir, com 7% das citações (em maio, 6%), à frente de Lula (3%), Campos (2%), Marina Silva (1%) e José Serra (1%). Uma fatia de 55% não soube indicar nenhum nome (em maio, 49%), e 8% votariam em branco ou nulo (em maio, 12%).

Nos dois cenários de segundo turno consultados pelo Datafolha, Dilma lidera, com ligeiras mudanças na comparação com o levantamento anterior. Contra Aécio Neves, Dilma tem 46% das intenções de voto, ante 38% do tucano. No mês passado, esses índices eram de 47% e 36%, respectivamente. Neste caso, 11% votariam em branco ou anulariam, e 5% não opinaram.

Quando o adversário é o ex-governador de Pernambuco, Dilma tem 47% das intenções de voto (em maio, 49%), ante 32% de Campos (mesmo índice do mês passado). Uma parcela de 14% votariam em branco ou nulo, e 6% não opinaram sobre este cenário.

O desejo de que as ações do próximo presidente sejam na maior parte diferentes das ações do atual ocupante do cargo é compartilhado por 74% dos eleitores brasileiros, índice igual ao registrado no mês passado. Para 21%, as ações devem ser iguais, e 5% não opinaram.

O ex-presidente Lula é apontado por 35% como o mais preparado para realizar mudanças no Brasil (há um mês, 38% apontam o ex-presidente). Em seguida aparecem Aécio (21%, ante 19% em abril), Dilma (16%, ante 15% em maio) e Eduardo Campos (9%, ante 10% em maio). Para 9%, nenhum deles é o mais preparado para realizar mudanças no país, e 9% não opinaram sobre o tema.

Apoio de Lula a candidato presidencial é o que atrai mais votos, e o de FHC, o que mais tira 

O grau de conhecimento dos principais pré-candidatos à presidência não teve mudanças significativas ao longo do último mês. Lula é o mais conhecido (99% de conhecimento, sendo que 66% dizem conhecê-lo muito bem), no mesmo patamar de Dilma (99% de conhecimento, sendo que 55% dizem conhecê-la muito bem). Em seguida aparecem Aécio Neves (78% dizem conhecê-lo, sendo que só 19% declaram conhecê-lo muito bem) e Eduardo Campos (conhecido por 59%, mas muito bem por somente 7%).

A presidente Dilma Rousseff segue como a mais rejeitada entre os principais pré-candidatos: 35% dos eleitores do país não votariam nela de jeito nenhum no 1º turno da disputa presidencial, percentual igual ao verificado no mês passado. Em seguida aparecem Campos (29% de rejeição, queda na comparação com os 33% registrados em maio) e Aécio (29%, oscilando em relação a maio, quando tinha 31% de rejeição). O menos rejeitado é Lula, em quem 17% não votariam de jeito nenhum (mesmo índice do levantamento anterior). Uma fatia de 7% não rejeita nenhum deles, 5% rejeitam todos, e outros 8% não opinaram.

O apoio do ex-presidente Lula é o que mais renderia voto a um dos candidatos a presidente Uma parcela de 36% dos brasileiros votariam com certeza em um candidato apoiado por ele, índice similar ao registrado em abril deste ano (37%). A taxa dos que talvez votassem em alguém apoiado pelo petista é de 24%, e o mesmo número de eleitores que confia no petista também rejeita uma indicação sua: 36% não votariam de jeito nenhum em alguém apoiado por ele.

Entre os eleitores com renda mensal familiar de até 2 salários mínimos, 46% votariam em um nome apoiado por Lula. Na região Norte, esse índice é de 44%, e vai a 53% entre os eleitores do Nordeste. O efeito é contrário entre os eleitores com curso superior (60% certamente não votariam em um candidato apoiado pelo petista), nos estratos de maior renda (entre os que obtêm de 5 a 10 salários, 52% não votariam, índice que cresce para 60% entre aqueles com rendimento mensal superior a 10 mínimos), e nas regiões Sudeste (43% não votariam) e Sul (44%).

Prestes a se aposentar do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Joaquim Barbosa viu o peso de seu apoio crescer desde abril: à época, 21% com certeza votariam em alguém apoiado por ele, índice que subiu para 26% em junho. Outros 26% talvez votassem por causa desse apoio (em abril, 28%), e 36% certamente não votariam (ante 39% em abril). Uma fatia de 11% não opinou sobre o apoio.

A influência positiva de Marina Silva (PSB) ficou estável: 18%, hoje, com certeza votariam em um candidato apoiado pela ex-senadora, índice igual ao registrado em abril. Uma parcela de 30% poderia votar em um nome apoiado por ela (33% há dois meses), e 42% certamente não votariam nesse candidato (em abril, 41%). Há ainda 9% que não opinaram sobre o apoio da provável vice de Campos.

O apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) segue como o mais rejeitado: 57% dos eleitores certamente não votariam em um candidato apoiado por ele (mesma rejeição detectada há dois meses), e apenas 12% votariam com certeza nesse candidato. Há ainda 24% que talvez votassem em alguém apoiado pelo ex-presidente, e 8% que não tem opinião a respeito.

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Baixe a pesquisa

 Datafolha – Intenção de voto presidente Intenção de voto presidente – Junho de 2014

Com informações do Datafolha.


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