Capoeira desenvolve a cadeia de turismo na Bahia

Roda de capoeira em Irará. Qualificação profissional e fomento da modalidade atraem o visitante e divulgam a cultura brasileira.
Roda de capoeira em Irará. Qualificação profissional e fomento da modalidade atraem o visitante e divulgam a cultura brasileira.
Roda de capoeira em Irará. Qualificação profissional e fomento da modalidade atraem o visitante e divulgam a cultura brasileira.
Roda de capoeira em Irará. Qualificação profissional e fomento da modalidade atraem o visitante e divulgam a cultura brasileira.

Ela é uma expressão cultural genuína do Brasil que surgiu como resistência à escravidão – mas de tão valiosa, conquistou o título de patrimônio imaterial da humanidade. Ao misturar arte marcial, esporte e música popular, a capoeira conquistou – e ainda conquista – brasileiros e estrangeiros, sendo reconhecida no país e no exterior.

Apenas o Forte da Capoeira, na Bahia, no centro histórico de Salvador, registrou um aumento de 282% na visitação nos últimos três anos. O local, que atraía quase 800 pessoas em 2011, chegou a 2.255 no ano passado. A demanda extra pela capoeira pode ser explicada por alguns fatores, entre eles, um esforço para divulgá-la em eventos nacionais e internacionais.

Foram 26 eventos internacionais de capoeira realizados na Bahia no ano passado, de acordo com o Escritório Internacional da Capoeira, instituição que tem por objetivo fomentar e difundir a capoeira da Bahia. O Escritório é ligado à Secretaria de Turismo da Bahia. Soma-se a isso o investimento em qualificação profissional. Ao todo, 385 capoeiristas, como mestre Timbó, fizeram cursos de inglês e espanhol pelo Pronatec. “Hoje consigo me comunicar com pessoas de outros países”, disse. Timbó recebe alunos europeus em Salvador e já ministrou aulas em Luxemburgo, Holanda e Portugal. Também pelo Pronatec 150 capoeiristas foram capacitados em oficinas de qualificação do produto artesanal, para confecção de berimbaus e instrumentos de percussão.

A coordenadora do Escritório Internacional, Tâmara Azevedo, afirma que a cultura é um grande atrativo para os estrangeiros. Essa troca entre brasileiros e estrangeiros, também tem levado profissionais para experiências no exterior. Lá fora, são criados grupos que servem como polo de divulgação da capoeira e que também atraem estrangeiros para o Brasil.

É o caso da professora de Educação Física, Adélia Segal, de Brasília, que passou cinco meses dando aulas na Suécia. “Os estrangeiros dão muito valor a nossa cultura, eles querem entender a capoeira, aprender a língua”, disse. O grupo de capoeira da Suécia vai completar 10 anos promovendo a capoeira, unindo dança, canto e instrumentos.

No Brasil, a capoeira atrai estrangeiros especialmente dos EUA e Europa que passam entre 15 dias e 3 meses no país, eles acabam aprendendo o idioma, um pouco da história e da culinária brasileira. Somente o estado da Bahia reúne 367 grupos de capoeira.

HISTÓRIA – Na década de 60, os capoeiristas Manoel Machado dos Reis, o mestre Bimba e Vicente Ferreira Pastinha foram os responsáveis pela disseminação da capoeira no Brasil e o mestre Jelon Vieira foi o primeiro a sair do país para desenvolver um trabalho em Nova York.

No final de 2014, Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura declarou a roda de capoeira patrimônio imaterial da humanidade.

CURIOSIDADE – O aumento significativo de turistas estrangeiros para o Brasil em razão da capoeira levou a criação do Escritório Internacional da Capoeira. A instituição foi criada em 2009, com o objetivo de atender ao acréscimo de turistas, dar apoio aos grupos de capoeira da Bahia e de fora do Brasil visando à internacionalização, bem como a profissionalização por meio de cursos para a produção artesanal e de línguas.

*Com informações das Agências de Notícias.


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