Criada para apurar o acidente com a adutora da Embasa no Acesso Norte de Salvador, a Comissão Especial da Câmara de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA) visitou a sede da empresa CCR, responsável pelo Metrô de Salvador, na manhã desta quinta-feira (30/04/2015). Em seguida, foram ao local das obras onde ocorreu o rompimento da tubulação, sendo acompanhada por diretores do Consórcio Mobilidade Bahia e CTB. O objetivo é levantar informações sobre as causas do acidente que deixou boa parte da capital baiana sem água no início do mês.
No encontro, técnicos da empresa se comprometeram a disponibilizar no prazo de até 10 dias todas as informações e registros de imagens da obra. A comissão, liderada pelo conselheiro do Crea-BA e professor da Escola Politécnica da UFBA Luiz Edmundo Campos, foi informada sobre os levantamentos existentes anteriores às obras e também sobre as providências adotadas pelas empresas após o acidente, que provocou imenso alagamento na região, paralisando a obra e prejudicando boa parte da população de Salvador. Ficou constatado, também, que durante as obras não houve o trabalho de máquinas retro-escavadeiras, nem bate-estaca no local.
As informações iniciais são de que o acidente foi provocado por excesso de peso sobre a linha da adutora, em função do aterro realizado no local com as obras do metrô. Segundo os diretores das empresas, existia o conhecimento de que passava uma adutora da Embasa pelo local e diversos levantamentos foram feitos e realizado o estudo da área. Inclusive, citaram, já tinha sido prevista a mudança do sentido da adutora. A tubulação, no entanto, foi rompida e as causas estão sendo investigadas. O objetivo agora é criar um cadastro atualizado do subsolo das áreas por onde passam as linhas do metrô, já que existem linhas subterrâneas de telefonia, água, esgoto, gás, fibras óticas e energia.
Segundo o conselheiro do Crea-BA e presidente da Associação dos Engenheiros Agrimensores da Bahia (Aseab), Alessandro Machado, o estado e o país são carentes de cadastro integrado que centralize todas as informações sobre solo e subsolo. “Estamos trabalhando para que seja criado projeto de lei no sentido de organizar as informações de ocupação e ordenamento do solo, como existe em cidades desenvolvidas do Equador, França, Inglaterra, Alemanha e outros países. O objetivo é ter um cadastro atualizado que possa ser acessado para qualquer intervenção no solo e subsolo”.
Os consórcios irão apresentar registros, cálculos, ensaios, prospecções de campo e o cadastro existente. Além disso, informaram à Comissão do Crea-BA que um trabalho criterioso está sendo realizado na Avenida Paralela, onde até 2017 funcionará uma nova linha do Metrô, para investigar o subsolo, principalmente a existência de galerias. Participaram da reunião os conselheiros do Crea-BA, Sebastião Níveo, Leonel Borba Santos, Manoel Albuquerque, os técnicos Carlos Henrique e Eduardo Quadros. Das empresas responsáveis da obra, participaram Leonardo Lelys, Paulo Couto, Rafael Campos e Ernane Baltazar.

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