É hora do acerto de contas para Dilma Rousseff, diz imprensa francesa

Presidenta Dilma Rousseff enfrenta elevado índice de desaprovação popular.
Presidenta Dilma Rousseff enfrenta elevado índice de desaprovação popular.
Presidenta Dilma Rousseff enfrenta elevado índice de desaprovação popular.
Presidenta Dilma Rousseff enfrenta elevado índice de desaprovação popular.

A imprensa francesa deste fim de semana dá destaque para a atualidade brasileira e se interessa pela série de manifestações previstas para este domingo (16/08/2015) contra a presidente Dilma Rousseff. O diário Libération diz que chegou a hora do “acerto de contas” para a chefe de Estado, enquanto o site Médiapart diz que a chefe de Estado está “sabotando a herança deixada por Lula”.

O jornal Les Echosdeste fim de semana explica que a população vai sair às ruas para exprimir seu “saco cheio” dos escândalos de corrupção. Para o diário econômico, a população está irritada com a perda de poder aquisitivo e com o discurso complacente do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder há 12 anos.

O jornal relata que os pedidos de impeachment são cada vez mais frequentes, que o índice de popularidade do governo é de apenas 8% e que, pela primeira vez, a oposição vai se unir oficialmente às manifestações de domingo.

Sabotar a herança deixada por Lula

O site Médiapart também traz uma reportagem na qual analisa o impasse da presidente, que estaria “sabotando a herança deixada por Lula para salvar sua cabeça”. Segundo a jornalista Lamia Oualalou, que assina o texto, Dilma está “ameaçada de destituição, impopular e à frente de coalizão quebrada”. Diante dessa situação, a chefe de Estado estima que “a única maneira de conseguir chegar ao fim de seu mandato é se aliando com a elite do país, com quem ela acaba de assinar um acordo que abre caminho para o desmantelamento do Estado-Providência no Brasil”, ressalta a reportagem. A jornalista se refere ao plano de retomada econômica, proposto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, validado por Dilma.

Pior crise desde a era Collor

O jornal Libération traz reportagem de duas páginas, com chamada de capa, sobre a situação atual da presidente brasileira. O texto da correspondente Chantal Rayes relata os preparativos para as mais de 200 manifestações previstas para este domingo e explica que, desde que foi reeleita, “a protegida de Lula se afunda na mais grave crise política desde a destituição por corrupção de Fernando Collor, em 1992”.

A correspondente do Libération em São Paulo traz análises do cientista político Jorge Zaverucha, que afirma que “Dilma não tem mais condições de governar”. Segundo o especialista, a presidente “perdeu toda sua credibilidade ao mentir para a população para se reeleger”.

Já o cientista político Rudá Ricci diz que a presidente tomou do povo tudo o que Lula havia conquistado para melhorar suas vidas. Chantal Rayes reforça o argumento com o depoimento da manicure Kely, exemplo dessa camada da população que foi propulsada na classe média pelo “milagre” dos anos Lula. A entrevistada, que votou em Dilma, diz estar arrependida, pois seu nível de vida despencou, e vai manifestar no domingo.

Mas Libération lembra, no entanto, que apesar do isolamento político, a presidente não está totalmente sozinha, e que um desfile está previsto na quinta-feira (20), para contestar o que consideram como uma “ofensiva golpista”.

*Com informações da RFI.


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