Em tom crítico, Fiesp e Firjan afirmam que “governo abriu mão de governar”

Paulo Skaf. Em nota conjunta, Fiesp e Firjan afirmam que "governo abriu mão de governar". Em duro recado ao Planalto, entidades apontam "hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios", cobram "reformas estruturais" e concluem: "O Brasil não pode mais esperar".
Paulo Skaf. Em nota conjunta, Fiesp e Firjan afirmam que "governo abriu mão de governar". Em duro recado ao Planalto, entidades apontam "hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios", cobram "reformas estruturais" e concluem: "O Brasil não pode mais esperar".
Paulo Skaf. Em nota conjunta, Fiesp e Firjan afirmam que "governo abriu mão de governar". Em duro recado ao Planalto, entidades apontam "hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios", cobram "reformas estruturais" e concluem: "O Brasil não pode mais esperar".
Paulo Skaf. Em nota conjunta, Fiesp e Firjan afirmam que “governo abriu mão de governar”. Em duro recado ao Planalto, entidades apontam “hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios”, cobram “reformas estruturais” e concluem: “O Brasil não pode mais esperar”.

Em nota conjunta divulgada nesta quinta-feira (10/09/201), as Federações das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan) se dizem “perplexas com a inação do governo diante da deterioração crescente do quadro econômico do País” e afirmam que “o governo abriu mão de governar”. As entidades cobram um rigoroso ajuste fiscal, com cortes das despesas e sem elevação da carga tributária.

“O País repudia com ênfase novos aumentos de impostos. Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado”, diz a nota, assinada pelo presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf. “A perda do grau de investimento por uma agência de rating internacional é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos.”

No dia 6 de agosto, Fiesp e Firjan já haviam divulgado nota conjunta em defesa da posição do vice-presidente Michel Temer (PMDB), então responsável pela articulação política do Palácio do Planalto. À época, as duas entidades afirmaram que o momento econômico e político brasileiro era “de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil”, e que a indústria brasileira se associava “ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam no Brasil”.

Agora, as entidades lamentam a sucessão de erros do governo, coroada pelo envio de um projeto de Orçamento para 2016 com projeção de déficit de R$ 30,5 bilhões. “Assim, o Poder Executivo abriu mão uma de suas prerrogativas mais básicas: a iniciativa de propor ao Legislativo o ordenamento das receitas e despesas públicas segundo suas prioridades. Com esse ato, o governo abriu mão de governar”. Fiesp e Firjan cobram ainda reformas de longo prazo, como a criação de um limite para despesas públicas e a adoção de um programa de venda de ativos públicos para engrossar o caixa do governo.

“Só reformas estruturais de longo prazo recolocarão o Brasil no rumo do crescimento econômico e geração de emprego. O setor produtivo precisa de menos tributos para voltar a dar conta de girar a roda da economia”, afirmam os presidentes na nota conjunta, ressaltando que, até o final do ano o país corre o risco de ter 1,5 milhão de postos de trabalho perdidos caso nada seja feito. “O Brasil não pode mais esperar”, concluem.

Confira a nota conjunta divulgada no dia 10 e setembro de 2015: ‘FIRJAN e FIESP: perda do grau de investimento’

A FIESP e a FIRJAN vêm a público expor sua perplexidade com a inação do Governo diante da deterioração crescente do quadro econômico no país.

A perda do grau de investimento por uma agência de rating internacional é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos.

A sucessão de erros foi coroada pelo envio ao Congresso Nacional da peça orçamentária do próximo ano com previsão de déficit de mais de R$ 30 bilhões. Assim, o Poder Executivo abriu mão de uma de suas prerrogativas mais básicas: a iniciativa de propor ao Legislativo o ordenamento das receitas e despesas públicas segundo suas prioridades. Com esse ato, o governo abriu mão de governar.

Não há uma estratégia clara sobre o que fazer para lidar com crise tão aguda, nem parece haver a capacidade de empreender o esforço tão necessário de entendimento nacional que viabilizaria a adoção de um programa consensual de ajustes na esfera econômica.

É mais do que passada a hora de implementar um rigoroso ajuste fiscal no país. Não um ajuste de mentirinha. O Brasil clama por um ajuste fiscal de verdade e baseado em cortes de despesas.

O país repudia com ênfase novos aumentos de impostos. Esta é a receita fácil de sempre, mas a sociedade não aguenta mais pagar a conta da incompetência do Estado.

Só reformas estruturais de longo prazo recolocarão o Brasil no rumo do crescimento econômico e geração de emprego. O setor produtivo precisa de menos tributos para voltar a dar conta de girar a roda da economia. É o contrário do que o Governo propõe.

É preciso adotar uma regra de ouro para as despesas públicas a fim de que não possam elevar-se acima da taxa de crescimento do PIB.

É vital que se implemente um programa ousado de venda de ativos públicos, que poderia amenizar a necessidade de arrecadação de recursos.

É hora de assumir responsabilidades e abandonar a letargia e a inação!

É evidente a boa vontade dos empresários em colaborar para um entendimento nacional. Mas é preciso que haja uma contrapartida, um rumo, um norte. É tudo o que o Brasil não enxerga hoje.

O tempo corre contra o país. Já se perdeu o grau de investimento. Até o final do ano, podemos ter 1,5 milhão de postos de trabalho perdidos.

O atual ambiente de incerteza penaliza corporações brasileiras de todos os tamanhos. As pequenas e médias empresas estão sufocadas. Muitas lutam apenas para sobreviver. Outras fecham suas portas.

É em nome de cada uma destas empresas e de seus trabalhadores que FIRJAN e FIESP vêm a público para cobrar um posicionamento firme e propostas concretas que exponham um plano para superar a grave crise em que o país foi colocado.

A disposição de colaborar é permanente, mas não incondicional. É preciso constatar que há uma contrapartida de quem tem a responsabilidade de conduzir o país.

O Brasil não pode mais esperar!

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira – Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

Paulo Skaf – Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

Confira a nota conjunta divulgada no dia 6 e agosto de 2015: ‘FIRJAN e FIESP em prol da governabilidade do país’

A FIRJAN e a FIESP vêm a público manifestar seu apoio à proposta de união apresentada ontem pelo Vice-Presidente da República, Michel Temer. O momento é de responsabilidade, diálogo e ação para preservar a estabilidade institucional do Brasil.

A situação política e econômica é a mais aguda dos últimos vinte anos. É vital que todas as forças políticas se convençam da necessidade de trabalhar em prol da sociedade.

O Brasil não pode se permitir mais irresponsabilidades fiscais, tributárias ou administrativas e deve agir para manter o grau de investimento tão duramente conquistado, sob pena de colocar em risco a sobrevivência de milhares e milhares de empresas e milhões de empregos.

O povo brasileiro confiou os destinos do país a seus representantes. É hora de colocar de lado ambições pessoais ou partidárias e mirar o interesse maior do Brasil. É preciso que estes representantes cumpram seu mais nobre papel – agir em nome dos que os elegeram para defender pleitos legítimos e fundados no melhor interesse da Nação.

Ao mesmo tempo, é preciso que o governo faça sua parte: cortando suas próprias despesas; priorizando o investimento produtivo; deixando de sacrificar a sociedade com aumentos de impostos.

É fundamental ainda apoiar todas as iniciativas de combate à corrupção e punir exemplarmente todos os desvios devidamente comprovados.

É nesse sentido que a indústria brasileira se associa ao apelo de união para que o bom senso, o equilíbrio e o espírito público prevaleçam no Brasil.

Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira – Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

Paulo Skaf – Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo


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