“Em defesa da democracia, contra o golpe!”, movimento feminista vai as ruas de Salvador

Movimento feminista auto-organizado vai às ruas de Salvador, defender as causas da categoria, o mandato da presidente Dilma Rousseff e a integridade física e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Movimento feminista auto-organizado vai às ruas de Salvador, defender as causas da categoria, o mandato da presidente Dilma Rousseff e a integridade física e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Movimento feminista auto-organizado vai às ruas de Salvador, defender as causas da categoria, o mandato da presidente Dilma Rousseff e a integridade física e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Movimento feminista auto-organizado vai às ruas de Salvador, defender as causas da categoria, o mandato da presidente Dilma Rousseff e a integridade física e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Movimento feminista auto-organizado vai às ruas de Salvador, na tarde de terça-feira (08/03/2016), com a finalidade de defender as causas da categoria, o mandato da presidente Dilma Rousseff e a integridade física e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Confira o comunicado ‘Em defesa da democracia, contra o golpe!’

Neste 8 de março de 2016, tomamos as ruas de Salvador mais uma vez para afirmar o feminismo como um movimento auto-organizado para mudar o mundo e a vida das mulheres. Estamos nas ruas para fortalecer a nossa resistência cotidiana ao controle dos nossos corpos, à exploração de nosso trabalho e ao avanço do capital sobre a natureza. Estamos nas ruas para denunciar a violência do racismo, do machismo e da lesbofobia, à laicidade do Estado e o respeito à diversidade religiosa, e para afirmar as nossas propostas e práticas na construção de uma sociedade baseada na igualdade, solidariedade, liberdade, justiça e paz.

Estamos nas ruas semeando liberdade e igualdade. Lutamos por uma vida sem violência e por autonomia. Lutamos pelo direito ao aborto legal e seguro para todas as mulheres que decidem interromper uma gravidez indesejada. Estamos em luta pela superação da divisão sexual do trabalho e por um novo equilíbrio entre a produção e a reprodução. Estamos em marcha pela socialização do trabalho doméstico e de cuidados, por meio de ações que vão desde as creches públicas até a participação dos homens no trabalho que é realizado todos os dias em todas as casas. Estamos em marcha pela ampliação e radicalização da democracia, que significa mais direitos, mais participação popular e fim das desigualdades na representação política. Defendemos uma Constituinte exclusiva e soberana para realizar uma reforma política que coloque limites na atuação do poder econômico sobre a esfera pública. Denunciamos o papel nefasto dos grandes meios de comunicação em nossas vidas, que insistem em dar espaço para programas que promovem a cultura do estupro, racismo, violência doméstica e se calam diante denúncias que envolvem os agressores. Por isso, exigimos a democratização dos meios de comunicação.

Estamos nas ruas semeando solidariedade entre as mulheres: O feminismo é a nossa alternativa.

No contexto nacional, estamos lutando para barrar o conservadorismo e golpismo de uma elite masculina e branca que sempre esteve no poder, que a cada dia, ataca os direitos das mulheres, como a tentativa de proibir a distribuição gratuita das pílulas do dia seguinte do SUS, de dificultar a punição para crimes de estupro, de legitimar o estupro por meio do ESTATUTO DO NASCITURO, que permite o registro da criança fruto de violência sexual, em nome do estuprador, o reconhecendo como pai. Isso é cruel e criminoso, lugar de estuprador é na cadeia e não na certidão de nascimento! A investida contra a Petrobras, patrimônio do povo brasileiro sob o discurso da corrupção, leva o Congresso Nacional, majoritariamente masculino e branco, a aprovar o projeto de lei do senador José Serra (PSDB/SP) que propõe a privatização gradual do pré-sal, uma riqueza que garante a nossa soberania e mais recursos para a saúde e educação públicas! Exigimos a moralização do Congresso Nacional e a imediata saída do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), principal líder dos ataques às mulheres, negras e negros, jovens, indígenas, quilombolas, povos tradicionais e LGBT.

Salvador, capital negra do Brasil, quase 60.000 pessoas foram assassinadas. Ao menos a cada 3 horas uma pessoa foi morta pela polícia em 2014, resultando em 3.009 vítimas. Denunciamos o racismo que faz com que, aqui, a cada 3 pessoas assassinadas, duas sejam negras. Estamos nas ruas para denunciar a organização excludente das grandes cidades. Reivindicamos o direito a moradia, a ocupação dos espaços públicos, o direito ao transporte e a serviços públicos que garantam de fato condições para viver a vida que desejamos. Estabelecer espaços de diálogo e participação popular junto à prefeitura, que se discutam todas as ações de melhorias da cidade e que essas intervenções não priorize os bairros mais urbanizados, a política de pós-ocupação dos empreendimentos do Minha Casa Minha Vida não chegaram! Morar diz repeito à casa, quadras de esportes, creches e lavanderias públicas, segurança que não nos violente, trasporte de qualidade e de baixo custo, iluminação e, principalmente, estratégias para gerar emprego, renda e movimentar a economia local. O feminismo é a ideia radical de que uma outra alternativa de bem viver é possível! Continuaremos em marcha nas ruas até que todas sejamos livres!

#ForaCunha #ÉpelaVidaDasMulheres #MaisDireitosMenosConservadorismo #NenhumPassoAtrás #NenhumaAmenos

Agenda

Quando? 08 de março, terça-feira, às 14h

Onde? Praça do Campo Grande | Salvador


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