População de Feira de Santana se junta aos protestos contra a privatização dos serviços de água e esgoto

Durante I Grito da Água, população de Feira de Santana se junta aos protestos contra a privatização.
Durante I Grito da Água, população de Feira de Santana se junta aos protestos contra a privatização.

Mais de duas mil pessoas participaram do I Grito da Água realizado em Feira de Santana nesta segunda (21/03/2016), véspera do Dia Mundial da Água (22 de março), fazendo protestos contra a iniciativa da Prefeitura e do governo estadual em favor da privatização do sistema de abastecimento da cidade. Durante o trajeto da Praça do Nordestino até a Câmara de Vereadores, com uma parada diante da Prefeitura, muitos populares aplaudiram a iniciativa e se juntaram às vozes contra a entrega da água para empresas privadas.

Sob o tema “Defender a água é defender a vida”, a caminhada foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente da Bahia (Sindae) e teve a participação de empregados da Embasa, da Cerb, do Levante Popular da Juventude, Sindicatos de Trabalhadores Rurais de Feira de Santana e de Santo Estevão, Sindicato dos Metalúrgicos, do Sindalimentação, da Cáritas, Movimento dos Pequenos Agricultores e do Afoxé Filhos da Luz, além de representantes de Anguera, da Comunidade Filadélfia e da CUT.

O abastecimento de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, é disputado até o momento por três empresas privadas (Inima, Odebrecht e GSS Gestão de Saneamento), além da Embasa, que já opera o sistema. Também um protocolo de intenções firmado entre o governo baiano e grupos chineses para investimento no setor.  A Prefeitura e o Governo do Estado estão incentivando uma parceria público-privada (PPP), que é uma forma de privatização do serviço. Nessa parceria, o governo empresta dinheiro para a empresa privada construir uma obra e depois operar o serviço, tornando esse negócio altamente lucrativo, abrindo mão do controle de um serviço essencial, o abastecimento de água, que tem relação direta com a saúde da população.

Durante o Grito da Água diversas lideranças destacaram que a briga deve ser pela melhoria do serviço prestado pela Embasa, até porque, se o sistema passar para empresários, além de abusivos aumentos de tarifa a tendência e piorar a qualidade do serviço, fatos ocorridos em diversas cidades onde a água foi privatizada. Por causa disso, muitas cidades (entre elas Paris) retomaram o serviço da iniciativa privada.


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