Ministro Jaques Wagner aposta em vitória no plenário e defende diálogo pós-impeachment

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, participa do programa Brasilianas, da TV Brasil.
O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, participa do programa Brasilianas, da TV Brasil.
O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, participa do programa Brasilianas, da TV Brasil.
O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, participa do programa Brasilianas, da TV Brasil.

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, disse que o governo terá que fazer uma repactuação de forças políticas a partir de segunda-feira (18/04/2016), após a votação do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados. “A partir do dia 18, abre-se a oportunidade de repactuação real”, disse Wagner em entrevista ao programa Brasilianas.org.

Wagner aposta na vitória do governo na votação do parecer sobre a continuidade do impeachment no plenário da Câmara, que deve começar na sexta-feira (15) e se estender pelo fim de semana. “Querem colocar na cadeira de presidente da República alguém que não teve a benção do povo e do voto. Tenho absoluta segurança que a gente vence no domingo no plenário da Câmara dos Deputados, barrando o impeachment. Estamos fazendo conta entre 208 e 212 votos [contra o impeachment]. Temos consciência de que não vamos chegar acima dos 257 [votos], mas temos um número com uma certa folga para barrar esse processo.”

Para que o impeachment seja aprovado no plenário da Câmara, e posteriormente encaminhado ao Senado, são necessários, no mínimo, 342 votos do total de 513 deputados. Ou seja, para barrar o andamento do processo, o governo precisa garantir 172 votos contra o impedimento.

“Aí a grande pergunta é o dia seguinte: o que fazer? Eu acho que o que fazer é: reaglutinar bem essa base que está nos apoiando, conversar com segmentos sociais, com o segmento empresarial também. Conversar ou, pelo menos, já deixar aberta a conversa mesmo com aqueles que escorregaram nesse processo de impeachment, mas que resolvam botar um ponto final nessa luta sem fim que já dura 15 meses e ter a presidenta no lugar que o povo a colocou”, disse o ministro.

Segundo Wagner, o governo está trabalhando nas frentes jurídica e política para barrar o impeachment, mas não descarta ir ao Supremo Tribunal Federal caso o processo avance na Câmara e no Senado.

“Estamos na casa de 208 [votos]. Isso muda a cada dia. Porque são sempre conversas que são feitas, convencimento que é feito, de mostrar para aqueles que estão na dúvida que esse processo está carregado de ilegitimidade. Mas ninguém vai esquecer de uma possibilidade concreta de ir ao Supremo Tribunal Federal porque o texto da Constituição é muito claro: é preciso um crime de responsabilidade no exercício do mandato e já está mais do que provado que não há crime de responsabilidade. O importante para nós é ter a vitória política neste domingo.”

Lava Jato

Na entrevista, que vai ao ar hoje (11), Wagner disse que o governo não está preocupado com uma possível delação premiada do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava Jato.

“O que alguém pode falar é das relações da sua empresa com o governo. Do ponto de vista do governo e da presidenta Dilma, não há essa preocupação. Aqui a gente vê delações premeditadas, calculadas, que servem para fazer linchamento público das pessoas sem que haja a efetiva investigação. Na minha opinião, tem outras delações que podem chegar, mas a presidenta está bastante tranquila.”

O ministro defendeu as investigações da Lava Jato, mas criticou o que considera um “espetáculo na destruição e na criminalização da política como um todo”.

“Já está sobrando esse espetáculo da investigação”.


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