PF desarticula quadrilha que fraudava bancos públicos e privados na Bahia

Cerca de 140 Policiais Federais cumprem 25 mandados de prisão – sendo 10 preventivas e 15 temporárias –, 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso, todas na Bahia.
Cerca de 140 Policiais Federais cumprem 25 mandados de prisão – sendo 10 preventivas e 15 temporárias –, 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso, todas na Bahia.

A Polícia Federal deflagrou hoje (19/07/2016) uma operação, em sete cidades da Bahia, para desarticular uma organização criminosa responsável por aplicar golpes na Caixa Econômica Federal e em outras instituições financeiras. A Operação Ali Babá cumpre 57 mandados nos municípios de Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Remanso, Vitória da Conquista e a capital, Salvador.

No total, 140 policiais cumprem 25 mandados de prisão, sendo 10 preventivas e 15 temporárias; 28 mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva. Segundo o coordenador da operação, delegado Wal Goulart, até o momento, duas pessoas não foram encontradas e, caso não se apresentem até o fim da tarde, serão consideradas foragidas. Um dos líderes da organização foi preso em Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano, junto com a esposa.

De acordo com a PF, as investigações começaram há 3 anos e revelaram que o organização criminosa operava desde 2006 por meio de empresas ilegais, criadas em nome de laranjas e com documentos falsos.

“O líder e outras pessoas cooptavam terceiros e abriam empresas, depois abriam contas em bancos e solicitavam empréstimos. Eles tinham um grupo de pessoas que se aproximavam de gerentes, como forma de facilitar o empréstimo. Inclusive, um dos gerentes foi ouvido pela PF, em Juazeiro, suspeito de facilitar os empréstimos”, disse o delegado Wal Goulart.

Abertas as empresas de fachada, os envolvidos conseguiam empréstimos que variavam entre R$ 200 mil e R$ 500 mil e não pagavam aos bancos.

Até o momento foram identificadas 19 empresas envolvidas no esquema, mas a PF estima que o número pode chegar a mil. De acordo com cálculos da PF, os prejuízos ultrapassam R$ 10 milhões somente em fraudes contra a Caixa Econômica Federal. Os prejuízos a outros bancos privados ainda não foram calculados.

“No ano de 2013, houve um prejuízo de R$ 500 mil para mais seis bancos, como Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil. Em 2013 as contas nesses bancos eram apenas contas de passagem. Posteriormente, quando os bancos federais [públicos] desconfiaram dos golpes e passaram a ser mais rigorosos na concessão de empréstimos, essa organização se voltou para os bancos privados”, explica o delegado Goulart, que destaca os crimes de organização criminosa e estelionato, pelos quais os envolvidos devem responder. A operação ainda está em andamento.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.