
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (01/12/2016) a 8ª fase da Operação Zelotes, que investiga um esquema de manipulação do trâmite de processos e no resultado de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF.
Em nota, a PF informa que cerca de cem policiais federais estão cumprindo 34 mandados judiciais, sendo 21 mandados de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.
A 8ª etapa da operação aponta a existência, entre os anos de 2006 e 2015, de suposto conluio entre um conselheiro do CARF e uma instituição financeira. O esquema, segundo a PF, envolvia escritórios de advocacia e empresas de consultoria.
A PF identificou que houve sucesso na manipulação de processos administrativos fiscais em ao menos três ocasiões.
Os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, advocacia administrativa tributária e lavagem de dinheiro
Bancos
O ponto inicial das investigações ocorreram quando foram identificados indícios da influência conselheiro do Carf João Carlos de Figueiredo Neto sobre outros julgadores e da atuação dele em benefício de outras empresas. A força-tarefa suspeita também que conselheiros que trabalhavam diretamente com Figueiredo Neto também vendiam pareceres para empresas com ações no Carf.
A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou Figueiredo Neto à Justiça, preso em flagrante em julho quando cobrava propina de 1,5 milhão de reais de um advogado do Itaú no Shopping Iguatemi, em Brasília (DF). Figueiredo Neto era o relator do processo de fusão que resultou na criação do Itaú-Unibanco. O caso em questão envolve um crédito tributário de 25 bilhões de reais, em valores atualizados.
Mandados da 8ª Fase
São Paulo – 19 buscas e 11 conduções coercitivas
Rio de Janeiro – 1 busca e 1 condução coercitiva
Pernambuco – 1 busca e 1 condução coercitiva
O Caso Zelotes
A Operação Zelotes foi deflagrada no dia 26 de março de 2015 com o objetivo de desarticular organizações criminosas que atuavam junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, causando grande prejuízo aos cofres públicos.
Os crimes investigados na operação são: Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de Influência, Corrupção Passiva, Corrupção Ativa, Associação Criminosa, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
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