Rio de Janeiro: Justiça concede prisão domiciliar a acusado de ser braço direito de Eike Batista

Ex-vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho.
Ex-vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho.
Ex-vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho.
Ex-vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho.

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu na quinta-feira (06/04/2017) medida cautelar para que o ex-vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho cumpra prisão domiciliar, seguindo determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que suspendeu a prisão preventiva e autorizou o juiz a aplicar medidas alternativas. Godinho foi preso em janeiro na Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro. Ele é acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro de propina no governo de Sérgio Cabral.

O réu é acusado de ser o braço direito de Eike Batista e responsável por negociações em nome do empresário. Flávio Godinho e Eike Batista foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na operação, Eike foi investigado por repassar US$ 16,5 milhões ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O pagamento foi feito, segundo a PF, por meio de uma ação fraudulenta que simulava a venda de uma mina de ouro, com intermédio de um banco no Panamá.

Na decisão, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, determinou medidas cautelares substitutivas a Godinho como proibir contato com qualquer pessoa que seja ré ou investigada pela Operação Lava Jato e operações correlacionadas e a visitação de pessoas que não sejam parentes ou advogados regularmente constituídos com procuração nos autos. Também deverá ser feito levantamento permanente dos sigilos telefônico e telemático e, enquanto durar a medida cautelar, o passaporte do réu deve ser entregue à Justiça.

A Polícia Federal está autorizada a ir à casa do acusado das 6h às 18h, em qualquer dia da semana, sem prévia comunicação ou autorização do juízo, a fim de checar se todas as condições estão sendo cumpridas. O descumprimento de qualquer uma das medidas pode acarretar na volta de Godinho para a prisão.

Bretas repetiu os argumentos já expostos na decisão que decretou a prisão preventiva de Godinho e ressaltou que “os fatos que se imputam ao acusado são de extrema gravidade e, por sua natureza, ocorreriam em reuniões sigilosas, inclusive com a possível participação de advogados, o que demonstra, em princípio, o elevado grau de sofisticação que atingiu a organização criminosa”. Ainda segundo Bretas, um inquérito policial apura a ocorrência de crime de obstrução da Justiça.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.