ONU prevê crescimento de 2,7% para economia mundial em 2017

Na África, a previsão média para o continente é de um alta de 3,2% e 3,8% para 2017 e para o ano que vem, respectivamente.
Na África, a previsão média para o continente é de um alta de 3,2% e 3,8% para 2017 e para o ano que vem, respectivamente.
Na África, a previsão média para o continente é de um alta de 3,2% e 3,8% para 2017 e para o ano que vem, respectivamente.
Na África, a previsão média para o continente é de um alta de 3,2% e 3,8% para 2017 e para o ano que vem, respectivamente.

Relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais mantém previsão feita em janeiro deste ano; documento mostra queda na perspectiva de avanço para países menos desenvolvidos. Entre os países de lingua portuguesa, Moçambique tem a melhor previsão de crescimento.

O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Desa, prevê que o crescimento da economia mundial deve ser de 2,7% este ano e de 2,9% em 2018.

Em seu relatório “Situação Econômica Mundial e Perspectivas”, divulgado esta terça-feira, o Desa informou que o Produto Interno Bruto, PIB, per capita caiu em várias regiões da África e da América do Sul. A situação deve continuar até o fim do próximo ano.

Brasil

Segundo o Desa, a queda do PIB brasileiro deve chegar ao fim depois das baixas em 2015 e 2016. Os especialistas dizem que as incertezas políticas no país diminuíram e estão sendo implementadas as bases de programas de macrogestão.

O documento afirma que o alto desemprego e uma política fiscal rigorosa continuarão pesando sobre a economia. Os especialistas demonstraram preocupação com a perda de postos de trabalho não só no Brasil, mas também na Argentina e na Colômbia.

Pelos dados da ONU, mais de 27 milhões de pessoas estão desempregadas hoje em comparação ao período antes da crise financeira. O desemprego entre os jovens é também uma preocupação global, com custos econômicos e sociais de longo prazo.

O índice de pessoas desempregadas no Brasil atingiu 11,8% no terceiro trimestre de 2016, quase o dobro do registrado em 2014. Por causa do alto desemprego, da inflação elevada e da restrição ao crédito, o consumo no país sofreu uma redução de 5% no ano passado.

O documento cita ainda que a produtividade no trabalho na maioria dos países desenvolvidos e também em desenvolvimento caiu desde a crise econômica mundial, incluindo o Brasil, a China e a Rússia.

O Brasil tem sofrido com a redução dos investimentos públicos e privados mas o relatório prevê uma pequena recuperação em relação ao fluxo de capital externo.

Entre as causas para a melhora do Brasil estão o fortalecimento da demanda externa, aumento dos preços das commodities internacionais, redução das incertezas políticas e um alívio das políticas monetárias.

Os especialistas do Desa afirmaram que o país registrou as duas piores recessões nos últimos dois anos. O declínio acumulado da economia brasileira ultrapassou os 8% desde o final de 2014.

Outro dado mencionado pelo relatório foi a sonegação de impostos de empresas, que chega a 27% no Brasil, mas é de 60% na Costa Rica, Equador e Guatemala.

Países Lusófonos

A previsão será de um crescimento econômico lento para Portugal: 1,4% para este ano e de 1,3% para 2018. O documento cita o alto desemprego no país como uma das barreiras a ser superada.

Na África, a previsão média para o continente é de um alta de 3,2% e 3,8% para 2017 e para o ano que vem, respectivamente.

Dos países lusófono, somente Angola tem uma previsão menor, 1,8% para 2017 e 2,8% para 2018.

Cabo-Verde e Guiné-Bissau estão com previsão de crescimento entre 3% e 4%, mas Moçambique e São Tomé e Príncipe podem ver suas economias avançarem entre 5% e 6%.

Já Timor-Leste, pode ter um crescimento de 5,1% neste ano e de 5,6% em 2018.

LCDs

Segundo as Nações Unidas, a América Latina e o Caribe devem registrar um crescimento positivo em 2017 depois de dois anos de contração. Já a previsão para vários países menos desenvolvidos, chamados de LCDs, não deve alcançar a meta de 7% estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento sustentável, ODSs.

Os especialistas do Desa calculam que o crescimento médio da economia dessas nações deve ficar em 4,7% em 2017 e de 5,3% no ano que vem.

O relatório diz que seguindo a tendência de crescimento atual, quase 35% da população dos LCDs, países altamente endividados e em estado de fragilidade e conflito, devem continuar na extrema pobreza até 2030.

O nível de emissão global de carbono está no mesmo patamar há três anos consecutivos, refletindo o crescimento na geração de energia por fontes renováveis e melhora na eficiência energética.

Energia

Outros pontos positivos são a transição da energia gerada por usinas de carvão para o gás natural e o crescimento lento da economia nos países que mais emitem CO2.

A inflação teve uma alta em economias desenvolvidas, como por exemplo Estados Unidos e Reino Unido e ao mesmo tempo caiu em economias emergentes, como é o caso do Brasil e da Rússia.

Mas a inflação de dois dígitos atingem 26 países no mundo, sendo que dois-terços deles estão na África.

O relatório mostrou também que os preços das commodities internacionais registraram um pequeno aumento no início de 2017, mas o preços do barril de petróleo continua volátil.

*Com informação da Rádio Onu


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.