Salvador: Cris Pereira apresenta show Teatro Vila Velha

A cantora brasiliense, Cris Pereira, realiza apresentações que integram a turnê do álbum 'Folião de Raça'.
A cantora brasiliense, Cris Pereira, realiza apresentações que integram a turnê do álbum 'Folião de Raça'.
A cantora brasiliense, Cris Pereira, realiza apresentações que integram a turnê do álbum 'Folião de Raça'.
A cantora brasiliense, Cris Pereira, realiza apresentações que integram a turnê do álbum ‘Folião de Raça’.

A cantora brasiliense Cris Pereira será atração no Teatro Vila Velha nos dias 16 (terça-feira), às 19h, e 17 de maio de 2017 (quarta-feira), às 20h, com apresentações que integram a turnê do seu álbum de estreia, “Folião de Raça”. O mesmo show seguirá para Cachoeira no dia 18 (quinta-feira) no Cine Theatro Cachoeirano. Em Salvador, Juliana Ribeiro faz participação especial. Já em Cachoeira, Cris Pereira receberá Dona Ana.

Nos três dias, as baianos poderão assistir a uma espetáculo que exalta clássicos do samba e do samba-canção, elementos do jazz e da música afro-brasileira. Cris Pereira mostra seu repertório acompanhada dos músicos Lucas de Campos (violão e direção musical), José Cabrera (piano), Rodrigo Salgado (baixo) e Leander Motta (bateria e percussão geral). Entre as canções, estão “Clareira, “Deixa Estar” e a faixa-título, além de interpretações para temas de Baden Powell, Paulo César Pinheiro, Candeia e Dorival Caymmi.

A apresentação da cantora no dia 16 integra o projeto Terças Pretas, que é uma realização do Bando de Teatro Olodum e do Teatro Vila Velha.  Em Salvador, os shows contarão com a participação especial de Juliana Ribeiro. Cantora, compositora, historiadora e mestre em cultura e sociedade, Juliana tem um trabalho marcado pela pluralidade. No seu repertório, ela passeia por três séculos de canção, encantando a plateia com lundu, côco, jongo, maxixe, sembas angolanos, batuque e samba-de-roda.

No dia 18, o Cine Theatro Cachoeirano, em Cachoeira, receberá Cris e a convidada especial, Dona Ana, filha da cantora e compositora Dona Dalva Damiano de Freitas. Liderança feminina do samba, Dona Dalva é doutora honoris causa do Samba de Roda do Recôncavo Baiano e fundadora do Grupo de Samba de Roda Suerdieck e da Casa do Samba D.Dalva.

Depois de apresentações em São Paulo e na Bahia, a turnê “Folião de Raça”, que tem patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do DF, segue o Rio de Janeiro e para Brasília.

“Folião de Raça”

Dirigido por Lucas de Campos e Leander Motta, “Folião de Raça” é o disco de estreia da cantora brasiliense Cris Pereira. Lançado em 2013, o trabalho traz composições de grandes sambistas de Brasília como Sérgio Magalhães, Vinícius de Oliveira, Cacá Pereira e Ana Reis e conta, ainda, com a participação especial de Dona Ivone Lara na faixa “Espelho da Vida”, de autoria de Dona Ivone e Delcio Carvalho.

Cris Pereira

Crescendo ao som de Elis Regina, Djavan, João Nogueira e Agepê, Cris Pereira decidiu cantar profissionalmente aos 15 anos, em um coral. Depois da experiência de interpretar música clássica e conviver com maestro e orquestra, foi a vez da artista se dedicar a um repertório mais popular ao lado do grupo Batucada de Bamba.

Em 2005, Cris partiu para a carreira solo. A estreia foi no show “Canto Negro”, na Sala Funarte, onde a brasiliense cantou músicas de Leci Brandão e Candeia, entre outros artistas que interpretam canções que abordam a questão racial – tema que sempre chamou a atenção da artista.

Graduada e mestre em história pela Universidade de Brasília, Cris Pereira defendeu, em 2010, a dissertação “Coisas do meu pessoal: samba e enredos de raça e gênero na trajetória de Leci Brandão”.

Certa vez, em entrevista, Cris explicou por que levar o samba e Leci Brandão para o ambiente acadêmico: “Após me formar, estava imensa no meu trabalho na música, mas sentia falta dos estudos (acadêmicos). Eu observava os discursos do samba voltados para o lado social e popular, como aqueles presentes nas músicas de Candeia, João Nogueira e Paulo César Pinheiro. A figura da Leci Brandão também me chamou muito a atenção. No mundo do samba, há poucas compositoras e a Leci é uma delas. Ela sofreu com ostracismo, depois que a gravadora rompeu com ela, por causa das músicas que compunha e, mesmo assim, a Leci manteve um trabalho atuante, principalmente em bairros populares e presídios. Não foi novidade para ela ser tema de pesquisa, pois o trabalho dela é realmente inspirador”.

De lá pra cá, Cris participou de vários projetos, dentre os quais se destacam “Samba de Bamba”, “Festa de Rua: uma homenagem à Dorival Caymmi” e “Canções para Carolina”. O último, integrante do Festival Latinidades, foi uma homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus e contou com a participação especial da cantora paulistana Fabiana Cozza.

Finalista do Prêmio Sesc de Música Tom Jobim (2009) e do Prêmio da Música Popular Brasileira (2010) na categoria Ivone Lara, Cris também é idealizadora e integrante dos projetos “Nós Negras” e “Plataforma do Samba”, que, desde 2007, marca as comemorações pelo Dia Nacional do Samba na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília.

Agenda

Salvador:

Participação: Juliana Ribeiro

Data: 16 (Projeto Terças Pretas) e 17 de maio

Local: Teatro Vila Velha

Horário: dia 16, às 19h, e dia 17, às 20h.

Cachoeira:

Participação: Dona Ana

Data: 18 de maio

Local: Cine Theatro Cachoeirano

Horário: 20h.


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