
Um aposentado sente dores abdominais e decide consultar seu médico. Este solicita alguns exames para ajudar no diagnóstico, os quais devem ser realizados no prazo registrado na prescrição médica. O paciente aparentemente melhora e por isso desiste, por conta própria, de fazer os exames. Algum tempo depois, ele se sente mal novamente, mas como os exames prescritos já estão vencidos, ele passa por outra consulta médica. Desta vez, faz os exames, mas como volta a sentir-se bem, esquece de pegar os resultados para mostrar ao médico em uma consulta de retorno. Esta situação hipotética e outras semelhantes não são incomuns entre usuários de planos de saúde, fato que retrata, além de outros problemas, a realidade do desperdício de recursos.
De acordo com a Coordenadora Geral do Planserv, Cristina Cardoso, quando isso acontece, todo o sistema de saúde é afetado. “O uso indevido ou exagerado dos serviços cobertos pela Assistência, assim como a realização de procedimentos desnecessários, comprometem seu equilíbrio financeiro e prejudicam a sustentabilidade do plano em médio e longo prazos”, explica. A gestora acrescenta que quando se sente responsável pelo sucesso do plano, o beneficiário colabora no combate ao desperdício. “A sensação de pertencimento ao sistema deve existir, sobretudo porque o Planserv é um patrimônio do servidor público do estado da Bahia e é preciso zelar por este patrimônio, para garantir que as futuras gerações de servidores e suas famílias também possam usufruir dele”, explica.
Um trabalho inédito produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), divulgado este ano, estima que cerca de R$ 22,5 bilhões dos gastos das operadoras de planos de saúde do País com contas hospitalares e exames, em 2015, foram gerados indevidamente, devido a desperdícios com procedimentos desnecessários e fraudes. Isso representa 19% do total das despesas assistenciais realizadas pelas operadoras de planos de saúde. “O Planserv não está distante desta estatística, infelizmente, mas nós acreditamos que a partir da conscientização dos beneficiários, esta realidade pode mudar”, completa Cristina Cardoso.
Além dos desperdícios, a má conduta de alguns usuários e prestadores de serviço pode afetar o equilíbrio de planos e assistências à saúde. “A existência de fraudes é uma realidade pontual combatida permanentemente no Planserv, através de fiscalizações. O descredenciamento de estabelecimentos em que irregularidades são identificadas e comprovadas é inevitável na medida em que precisamos zelar da melhor forma pela gestão dos recursos, em benefício do interesse público”, conclui a Coordenadora Geral do Planserv.
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