“O Senado está votando o enterro dos direitos trabalhistas”, afirma Lídice da Mata

Lídice da Mata: disse que os parlamentares governistas estão promovendo o enterro dos direitos trabalhistas.
Lídice da Mata: disse que os parlamentares governistas estão promovendo o enterro dos direitos trabalhistas.
Lídice da Mata: disse que os parlamentares governistas estão promovendo o enterro dos direitos trabalhistas.
Lídice da Mata: disse que os parlamentares governistas estão promovendo o enterro dos direitos trabalhistas.

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse nesta terça-feira (11/07/2017) que os parlamentares governistas estão promovendo o enterro dos direitos trabalhistas ao votarem reforma homônima no Senado Federal. Segundo a socialista, o texto enviado pelo presidente Michel Temer, que não foi mudado pelos relatores do projeto no Congresso, enfraquece a Justiça Trabalhista e precariza as relações entre empregados e empregadores.

Lídice atacou pontos como o trabalho intermitente, a possível extinção da licença maternidade, redução do horário de almoço, impede a regularidade da amamentação e disse dificulta o acesso dos trabalhadores à Justiça, dentre outros artigos que ela classifica como extremamente prejudiciais aos brasileiros.

Em seu discurso, a senadora baiana também criticou o esvaziamento das galerias do parlamento para a votação de um projeto que gera grandes impactos negativos para a Nação. “Assisti um seriado de TV e vi as galerias do Congresso cheias na campanha das Diretas Já dos anos 1980 e agora vejo uma casa de debate completamente distante do povo”, exclamou.

A senadora também afirmou que os parlamentares favoráveis à Reforma Trabalhista se  ajoelham para o mercado como se ele fosse um Deus e aconselhou: “Pensem no povo, que trouxe cada um dos 81 senadores e que repudiam essa atrocidade. Não é possível impor isso à Nação”.

Lídice ainda criticou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que afirmou não haver necessidade da existência da Justiça Trabalhista e que a casa que lidera funciona para votar os interesses do mercado. “Aqui os senadores votam a favor dessa reforma com a consciência tranquila, como se estivesse fazendo algo positivo, confiando no veto do presidente para seis itens.  Quem garante que esse presidente vai fazer alguma coisa, quando ele tem o próprio mandato ameaçado?”, questionou a senadora.

Ela lembrou ainda que nos países em desenvolvimento que fizeram reformas semelhantes houve precarização do trabalho, com menos salários, mais horas trabalhadas e menos direitos. “Ninguém aqui é contra os empresários, mas a lei não pode pender só para um lado, pois assim voltaremos ao tempo da escravidão”, finalizou.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.