Cachoeira: Paulina Chiziane e Elisa Lucinda levam a palavra à sua máxima potência para a FLICA 2017

Paulina Chiziane e Elisa Lucinda promovem discussão com tema ‘A máxima potência que habita as palavras’ na Flica 2017.
Paulina Chiziane e Elisa Lucinda promovem discussão com tema ‘A máxima potência que habita as palavras’ na Flica 2017.
Paulina Chiziane e Elisa Lucinda promovem discussão com tema ‘A máxima potência que habita as palavras’ na Flica 2017.
Paulina Chiziane e Elisa Lucinda promovem discussão com tema ‘A máxima potência que habita as palavras’ na Flica 2017.

A temática da mesa ‘A máxima potência que habita as palavras’ foi levada a sério pelas convidadas da noite de sábado (07/10/2017) da Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica. Paulina Chiziane e Elisa Lucinda trouxeram a força da palavra para discussão com mediação da escritora, doutora em Literatura e Professora Adjunta de Teoria da Literatura na Universidade Federal da Bahia, Lívia Natália.

Com um vasto histórico na defesa de causas como a justiça e igualdade nas relações humanas, Paulina Chiziane é reconhecida como a primeira mulher a publicar um romance em Moçambique. Elisa Lucinda percorre trilha eclética: teatro, literatura, cinema e televisão, mas principalmente a poesia de olhos penetrantes que se reflete em atitude e força.

As duas escritoras falaram de como é ser mulher negra e escritora e como a palavra é desconstruir preconceitos e criar vários mundos. “Ser mulher e ser artista torna-se um verdadeiro escândalo”, contou Paulina falando um pouco de sua história como escritora em Moçambique, que ela mesma descreve a publicação de cada livro como batalha, uma luta para ser aceito, sendo a pessoa mais contestada no seu país.

Elisa constrói seus textos a partir da sua vivência, “minha poesia se faz dentro do meu território humano”, explicou a autora. Os incômodos, desafios, feminismos e o racismo também estiveram presentes na sua fala. Lucinda acredita na palavra como poder de tecer a paz e Paulina complementou “o poder da palavra não é apenas para denunciar, é para conversar e construir uma nova identidade”. A dupla também recitou seus versos, levando à plateia a loucura.

A conversa rendeu como duas amigas que se complementam, mesmo a distância entre nacionalidades ou idade, não distanciou as convidadas que concordavam em suas angustias e prazeres, fazendo o bate-papo render como um verdadeiro poema, cheio ritmo e afeto.


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