Para vereador, Feira de Santana é terra sem lei

Alberto Nery: as coisas nesta cidade estão acontecendo e não aparecem os culpados.
Alberto Nery: as coisas nesta cidade estão acontecendo e não aparecem os culpados.
Alberto Nery: as coisas nesta cidade estão acontecendo e não aparecem os culpados.
Alberto Nery: as coisas nesta cidade estão acontecendo e não aparecem os culpados.

Em pronunciamento, na sessão ordinária desta quarta-feira (08/11/2017), na Casa Legislativa de Feira de Santana, o vereador Alberto Nery (PT) afirmou que Feira de Santana é uma cidade sem lei. O discurso aconteceu após a divulgação, em meios de comunicação e redes sociais, da construção de uma passarela que ligam dois prédios de uma escola particular da cidade.

“As coisas nesta cidade estão acontecendo e não aparecem os culpados. O exemplo de hoje foi a construção de uma passarela feita pelo Colégio Hélyos. A construção interliga dois prédios da escola em plena via pública e sem autorização do poder público Municipal, que deveria tomar uma posição sobre o fato, mas nada faz. Porém, se fosse o imóvel de um pobre no outro dia a máquina já estaria lá destruindo tudo, mas como se trata de um grande colégio, onde estudam os filhos dos burgueses da cidade ninguém faz nada. Foi preciso provocar o Ministério Público para que alguma posição seja adotada”, analisou Nery.

O edil continuou a tratar sobre o assunto e ressaltou que espaços públicos estão sendo ocupados, pois contam com a inércia do Município. “Temos mesmo que engolir a realidade de vivermos numa cidade sem lei. No Feiraguay manequins são amarrados aos postes; embaixo do viaduto do Tomba virou uma feira livre; na rua Andaraí, os bares tomam conta das calçadas com mesas e cadeiras. Que cidade é essa? Ouço aqui críticas ao Governo do Estado, quando os vereadores que deveriam fiscalizar o Município não o fazem. Gostaria de pedir ao líder governista que peça providências ao Município e que não fique por ai derrubando barracas durante a madrugada e sem diálogo”, pediu.

Em aparte, o líder do Governo na Casa, vereador Luiz Augusto de Jesus (Lulinha, DEM), elogiou o discurso do colega e disse que quando o Governo Municipal adota medidas é criticado e chamado de perseguidor. “Assim aconteceu em relação aos camelôs”, lembrou.

De volta com a palavra, Nery disse que o poder público só age depois que se passa muito tempo e que se agisse de imediato evitaria transtornos. “Se no início fosse impedida a instalação de muretas na Rua Andaraí e as barracas embaixo do viaduto do Tomba, e houvesse diálogo para a retirada, não haveria problemas agora. Porém, o Município só quer agir depois que o tempo passa, onde é preciso usar força e assim não sou a favor”, pontuou.

Também em aparte, o vereador Marcos Lima (PRP) expôs sua opinião em relação à passarela construída pelo Colégio Hélyos. “Se não há lei específica que proíba a construção, então ela é legal”, opinou. Em resposta, Alberto Nery disse que Feira de Santana é a única cidade que permite esse tipo de obra. “É ilegal e a sensação que temos ao passar na rua é ela está interditada. Se a obra fosse permitida não teria sido notificada”, observou.

Para finalizar, o edil Cadmiel Pereira (PSC) afirmou que toda grande obra precisa de autorização. “Aquela obra foi feita à revelia do Município, que não comunga com ela, tanto que houve um embargo”, findou.

Alberto Nery lamenta rejeição de Emenda ao orçamento municipal

Na sessão legislativa desta quarta-feira (08), durante a discussão do Projeto de Lei de nº 180/2017, de autoria do Poder Executivo, que estima a receita e fixa a despesa do município de Feira de Santana para o exercício financeiro de 2018, o vereador Alberto Nery (PT) lamentou que uma Emenda, de sua autoria, não atingiu, pelo menos, um terço das assinaturas dos edis para que fosse tramitada.

A referida Emenda determinava que cada vereador indicasse um percentual de 0,5% ao orçamento municipal, para atendimento de reivindicações de interesse público. A previsão orçamentária para o exercício de 2018 é de R$ 1.191.709.256,00. Caso a proposta do petista fosse acatada, cada edil teria um valor de aproximadamente R$ 600 mil. Alberto Nery argumentou que dessa forma os vereadores não ficariam “reféns” do Poder Executivo para levar melhorias às comunidades.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.