Violência patrimonial | Por Paiva Netto

Artigo aborda violência patrimonial.
Artigo aborda violência patrimonial.
Artigo aborda violência patrimonial.
Artigo aborda violência patrimonial.

Escolhi apresentar a vocês hoje o retrato da violência patrimonial, que provoca lastimável sofrimento, mormente a mulheres e crianças.

A advogada Cíntia de Almeida, fundadora e diretora-executiva do Centro de Integração da Mulher, em Sorocaba/SP, trouxe-nos valiosas informações sobre o assunto:

“A violência patrimonial envolve aquela mulher que deseja colocar as suas potencialidades a serviço do trabalho para contribuir com a família, mas seu companheiro, seu marido, a impede. Ele destrói os seus documentos pessoais, a sua carteira de trabalho. É também quando as divergências se instalam na vida da família. Ao optar pela separação, a mulher faz a denúncia competente. Então, o companheiro destrói os seus bens, os bens que ambos adquiriram conjuntamente. Ou quando ele a coloca para fora do lar: ‘A casa é minha. Os filhos são seus. Então, eu fico com a casa””.

Segundo a Dra. Cíntia, “essa outra forma de violência patrimonial depois na Justiça se esclarece, mas há uma demora grande. A Justiça está assoberbada, e existem numerosos casos. Até que se resolva tudo, muitas vezes, a mulher é obrigada a sair com os filhos dessa situação constrangedora e violenta para buscar um abrigo, uma casa onde possa falar que é sua por um tempo predeterminado, intermediário, e onde vai ter toda a assistência possível. Mas não é a casa dela. Então, é um constrangimento que ela vive. Essa é uma violência patrimonial, além de psicológica, em que ela vá os sonhos destruídos, e uma violência moral, em que se vê impossibilitada de reação. O companheiro que ela ama a destrói como pessoa e destrói a sua vontade de viver, de ser feliz e de transformar os filhos dessa união em pessoas saudáveis para a sociedade. Ela fica muito vulnerável, muito exposta”.

O agressor

Atenção agora a esta consideração de nossa entrevistada: “Geralmente, o agressor é alguém que conhece a mulher em todas as situações e como reage; sabe de todos os detalhes do seu dia a dia e conhece o seu cheiro, os seus sonhos”.

Grato, Dra. Cíntia, pelas elucidações levadas ao ar no programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (Oi TV – Canal 212 – e Net Brasil/Claro TV – Canal 196). William Shakespeare (1564-1616) dizia que “aos infelizes o melhor remédio é a esperança” Contudo, é dever de todos nós e dos poderes constituídos tornar realidade o socorro às vítimas da violência em seus vários aspectos. Mais que isso, chegar antes, não permitindo que ocorram.

*José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.