A história me fascina…
Seria possível retornar no tempo?
Voltarmos a ser aquilo que já fomos um dia?
Retomar o caminho e deixarmos aquele em que se perdeu?
A resposta seria, depende de quem estamos falando e de quais circunstâncias estamos tratando.
Mas do que ou de quem estamos abordando?
Neste caso, da tentativa de manipulação dos escritos, lutas e marcas deixadas pelo antigo MDB na história pelo ex-atual PMDB.
Pois bem, seguindo a onda meramente publicitária da troca de nome partidário, o PMDB, agora, MDB, integra-se ao rol dos desesperados grupos políticos que seguem a máxima e célebre frase da obra “O Leopardo” do escritor italiano Giusepe Tomasi di Lampedusa: “Algo deve mudar para que tudo continue como está”.
O MDB – Movimento Democrático Brasileiro marcou um período de ações políticas de oposição firme, frente ao regime covarde e autoritário do golpe militar de 1964 de características amplamente impopulares. Fez parte inclusive deste MDB e do chamado “grupo autêntico” do mesmo, o saudoso Francisco José Pinto dos Santos, o nosso Chico Pinto.
Poderíamos dizer que hoje, o PMDB se encaixaria nesta mesma lógica política de ações populares e democráticas quando que, o que observamos pelo mesmo seria ações altamente impopulares, de retrocesso político e social que, foram marcadas, sobretudo, por um golpe político-popular contra todo o corpo social que resultam em ações destrutivas contra todo o conjunto dos trabalhadores com a famigerada reforma trabalhista e reforma da previdência?
Como poderia hoje, este PMDB ser retirado da lama em que o mesmo se lançou e ser novamente aquele MDB?
Sem dúvida, o possível diálogo entre a História e o Tempo seria bastante confuso em torno desta questão.
O Tempo, sem dúvida lá em 1964, se pegasse suas lentes futuristas, veria hoje, um MDB vestindo uniforme de ARENA e o líder a roupa de general golpista.
Mas quem poderia prever tamanha contradição? Nem mesmo o Tempo poderia…
Para o PMDB não resta mudar apenas o nome. Seria preciso romper completamente com as amarras e intenções de sua atual política. Quem sabe a mais impopular deste os tempos daquele regime contra quem, sua encarnação anterior tanto lutou. Para isso, pulverizar insetos que hoje o representa, seria mais do que necessário dos cenários dos mais altos aos mais baixos de nossas instituições. Salvo ainda, algumas exceções.
É preciso honrar o histórico de lutas daqueles que com suas vidas e imenso trabalho político construíram a democracia deste país e não simplesmente com a doença de nossa política atual, o marketing, mudar, para que, tudo continue como está.
*Leonardo Pedreira é estudante de História na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e de Direito na Faculdade de Tecnologia e Ciência de Feira de Santana (FTC) | (leonardopedreira1@gmail.com).
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