Neoliberalismo, um erro fatal | Por Sérgio Jones

Acentuada desigualdade e concentração de riqueza afetam estrutura social do Brasil.
Acentuada desigualdade e concentração de riqueza afetam estrutura social do Brasil.
Acentuada desigualdade e concentração de riqueza afetam estrutura social do Brasil.
Acentuada desigualdade e concentração de riqueza afetam estrutura social do Brasil.

Atualmente se fala muito em neoliberalismo como se o mesmo fosse o talismã sagrado e a cura de todos os males econômicos. Os seus defensores argumentam que este conceito, “quase milagroso”, pode ser alcançado em um modelo de economia mais vibrante e eclético. Tal crença demonstra ser um erro fatal. Segundo os entendidos no assunto, este conceito deve ser rejeitado em seus próprios termos por ser considerado como uma economia ruim.

O termo neoliberalismo sugere uma preferência pelo mercado em detrimento do Estado, pelas empresas privadas em lugar da ação coletiva. O certo é que a palavra tem sido usada, com muita frequência, para se procurar descrever uma infinidade de situações. Que muitos classificam como uma espécie de coringa que tem como objetivo qualificar coisas relativas à desregulamentação, à liberalização, à privatização ou até mesmo à austeridade fiscal. O que tem contribuído, de forma negativa, para o aumento da insegurança econômica o que resulta em uma profunda desigualdade. Neste vácuo surge o atrofiamento de valores, permitindo que tal situação dê espaço a movimentos populistas que procuram maquiar as verdades dos fatos ao apresentar soluções cosméticas e ineficazes.

Atualmente, mais do que nunca, vivemos esta brutal realidade da era do neoliberalismo. De acordo com seguidores e alguns disseminadores dessa corrente de pensamento, a sua origem diverge em muito da prática em que vivenciamos a este conceito elaborados por Thatcher ou Reagan. O termo “neoliberal” ganhou maior visibilidade na década de 1990, ao ser associado a dois fenômenos apontados por alguns economistas como a modelo que culminou com a desregulamentação financeira, causa da crise econômica de 2008; sendo o segundo fenômeno a questão da universalização econômica, que ganhou uma certa celeridade devido a livre circulação de capitais e a um novo e mais arrojado tipo de acordos comerciais.

O que significa dizer que a financeirização e a globalização tornaram-se as manifestações mais visíveis do neoliberalismo no mundo de hoje. As consequências para os países, que adotam o neoliberalismo, são sentidas através da concentração de renda, cada vez maior, na mão de poucos. Tendo como contrapartida a proletarização da população, de uma forma mais generalizada.

*Sérgio Antonio Costa Jones é jornalista (sergiojones@live.com).


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