Primeiro genérico brasileiro para prevenção do HIV é aprovado pela ANVISA

Gráfico apresenta taxas de prevalência segundo populações, para medicamento contra HIV fabricado no Brasil, pela empresa Blanver.
Gráfico apresenta taxas de prevalência segundo populações, para medicamento contra HIV fabricado no Brasil, pela empresa Blanver.
Gráfico apresenta taxas de prevalência segundo populações, para medicamento contra HIV fabricado no Brasil, pela empresa Blanver.
Gráfico apresenta taxas de prevalência segundo populações, para medicamento contra HIV fabricado no Brasil, pela empresa Blanver.

A ANVISA, órgão responsável por aprovar os medicamentos no País, concedeu no dia 23 de maio de 2018, o registro do primeiro genérico para prevenção da infecção pelo vírus HIV fabricado no Brasil. O remédio, composto por duas drogas – entricitabina e tenofovir – foi desenvolvido pela indústria farmacêutica brasileira Blanver e, quando tomado diariamente, pode ser mais um elemento para redução das chances de se contrair a doença. A fórmula bloqueia a ação das enzimas que permitem ao RNA se replicar nas células hospedeiras, reduzindo a carga viral no corpo do paciente.

O genérico está previsto para ser distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do segundo semestre, por meio de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) já aprovada. A Blanver irá transferir a tecnologia e o conhecimento para a produção do remédio ao Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), braço da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). E, também, prevê disponibilizar o medicamento para venda em canais privados.

“A Blanver é uma empresa nacional que sempre se norteou pela qualidade e inovação, e que viabilizará a produção e distribuição no Brasil de um medicamento importante para ajudar no combate de novas incidências da doença, a um custo mais acessível”, explica Sérgio Frangioni, CEO da Blanver.

Inicialmente o genérico será direcionado, principalmente, aos cidadãos que estão em grupos de risco. De acordo com o Ministério da Saúde, as maiores incidências da doença estão entre homens que fazem sexo com homens (10,5%) e usuários de drogas (5,9%).HSH – Homens que fazem sexo com homens

PS – Mulheres profissionais do sexo

PUD – usuários de droga

Crack – usuários de crack

Histórico

A priori, o medicamento de referência era usado apenas para compor esquemas antirretrovirais para tratamento de pessoas que já tinham a doença. Porém, desde 2012, os Estados Unidos liberaram a fórmula para prevenção da infecção em quem não tem a doença. Nesta época, a farmacêutica Blanver foi pioneira e começou a desenvolver o genérico da formulação para o Brasil. Esta estratégia de prevenção também passou a ser vista pelo Ministério da Saúde brasileiro como um caminho para diminuir o número de novos registros. De acordo com o órgão, o País registra, em média, 40 mil novos casos da doença por ano.

O remédio genérico da Blanver também vai ao encontro da meta 90-90-90 estabelecida pela UNAIDs, a agência da ONU para assuntos relacionados à AIDS. A ação prevê que, até 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas. Dentre o total de pessoas diagnosticadas, a expectativa é que 90% passem a usar os medicamentos, para que 90% dos pacientes que estiverem em tratamento comecem a apresentar carga viral indetectável, ou seja, quando o vírus já está em pequena quantidade no organismo.

Mini-Bula

200 mg entricitabina +

300 mg fumarato de tenofovir desoproxila

Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S.A.

Comprimidos Revestidos

Uso Oral. Uso Adulto.

Frascos com 30 comprimidos revestidos (contendo dessecante). cada comprimido revestido contém 200 mg de entricitabina e 300 mg de fumarato de tenofovir desoproxila (equivalente a 245 mg de tenofovir desoproxila).

Indicações: Tratamento da infecção pelo HIV-1 e Profilaxia Pré-Exposição

Contraindicações: é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos seus componentes

Advertências e Precauções: Acidose Láctica e Hepatomegalia Grave com Esteatose,

Infecção pelo VHB, Nova Incidência ou Agravamento de Insuficiência Renal, Síndrome da Reconstituição Imune, Falha Virológica Precoce. Usar entricitabina + fumarato de tenofovir desoproxila para reduzir o risco de adquirir HIV-1 somente em indivíduos comprovadamente HIV negativos. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação do médico ou cirurgião- dentista. O medicamento entricitabina + fumarato de tenofovir desoproxila não possui segurança e eficácia comprovadas como intervenção a casais sorodiscordantes para o HIV-1 que possuem o desejo de engravidar. Este medicamento é contraindicado durante a amamentação devido ao risco de reações adversas ao lactente. Se não houver tratamento alternativo, a amamentação e a doação de leite materno deverão ser interrompidos.

Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.

Reações Adversas: acidose lática e hepatomegalia grave com esteatose, exacerbações graves e agudas da hepatite B, nova incidência ou agravamento de insuficiência renal, efeitos ósseos do fumarato de tenofovir desoproxila, Síndrome da reconstituição imune, cefaleia, tonturas e elevação da creatinoquinase.

Venda sob prescrição médica ou uso sob prescrição médica – proibida a venda.

Atenção – O uso incorreto pode causar resistência ao vírus da AIDS e falha no tratamento.

Reg. M.S. 1.1524.0004

Farm. Resp.: Dr. Adriano Costa Leite – CRF-SP Nº 38.716

Blanver Farmoquímica e Farmacêutica S.A.

SAC 0800-892-2166

Indústria Brasileira

Sobre a Blanver

A Blanver foi fundada em 1984 pelo engenheiro Giuseppe Frangioni, que iniciou a fabricação de excipientes na América Latina, como são chamadas as substâncias inertes funcionais usadas na fabricação de medicamentos e alimentos. Ao longo dos anos, a companhia diversificou a atuação e hoje também produz IFAs e medicamentos.

Considerada uma das três maiores produtoras de excipientes do mundo, a Blanver faz parte de um seleto grupo de laboratórios que firmou parceria para o desenvolvimento produtivo com o Ministério da Saúde para produção e distribuição de medicamentos aos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). O Tenofovir e o 2 em 1 (Tenofovir + Lamivudina), ministrados no tratamento de pacientes com HIV, são alguns exemplos.

Em janeiro de 2016, a Blanver adquiriu a CYG Biotech, empresa que atua na produção de IFAS (Ingredientes Farmacêuticos Ativos), matérias-primas utilizadas na fabricação de medicamentos. Com a aquisição, o grupo Blanver passou a contar com cerca de 600 colaboradores.

A empresa está presente no estado de São Paulo com três unidades fabris, uma na cidade de Itapevi, fábrica de excipientes, outra em Taboão da Serra, fábrica de medicamento e a terceira em Indaiatuba, destinada a fabricação de IFAs. A Blanver ainda possui unidades comerciais localizadas fora do Brasil, uma na Flórida (EUA) e outra em Barcelona (Espanha). Além de 4 centros de distribuição nos Estados Unidos.


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