Acordo de leniência com a SBM Offshore devolve R$ 1,22 bilhões à Petrobras

SBM Offshore N.V. (Euronext: SBMO) é um grupo empresarial holandês que presta serviços para a indústria petrolífera. Originalmente chamado IHC Caland N.V., mudou sua denominação em julho de 2005.
SBM Offshore N.V. (Euronext: SBMO) é um grupo empresarial holandês que presta serviços para a indústria petrolífera. Originalmente chamado IHC Caland N.V., mudou sua denominação em julho de 2005.

Acordo de leniência assinado pela empresa holandesa SMB Offshore nesta quinta-feira (26/07/2018) estabelece o pagamento de R$ 1,22 bilhão entre valores de multa e ressarcimento de danos à Petrobras. Esse foi o quinto acordo assinado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) com empresas investigadas no âmbito da Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013).

No mês passado o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) pediu a inclusão da empresa SBM Offshore no polo passivo da ação de improbidade administrativa movida contra a SBM Holding e SBM Offshore do Brasil por fraude na contratação de serviços relativos a plataformas e navios-plataforma pela Petrobras.

Acordo

O acordo prevê o pagamento de R$ 549 milhões pela SBM à Petrobras – em até 90 dias – sendo R$ 264 milhões relativos à multa, prevista na Lei de Improbidade Administrativa, e R$ 285 milhões em antecipação de danos. Além disso, o acordo inclui o abatimento do valor nominal de US$ 179 milhões (cerca de R$ 667 milhões, na cotação de hoje) em pagamentos futuros, devidos pela Petrobras à SBM, com base em contratos vigentes de afretamento e operação.

“O termo seguiu os pilares básicos elencados pela CGU e AGU nas negociações, ou seja, celeridade na obtenção de provas, identificação dos demais envolvidos nos ilícitos, cooperação com as investigações por parte da empresa leniente e comprometimento da empresa na implementação de mecanismos efetivos de integridade”, diz nota divulgada pela CGU nesta tarde.

Com o acordo, a SBM fica apta a participar das licitações em curso e de contratações futuras na estatal brasileira. Nesse caso, a SBM terá de passar por todos os filtros e controles de conformidade a que estão submetidos os fornecedores da Petrobras. A empresa fica obrigada ainda a cooperar com os processos que poderão ser conduzidos pela CGU em desfavor de terceiros, como desdobramentos do caso.

Negociação

O processo de negociação com a SBM Offshore foi iniciado em março de 2015. O valor a ser recebido pela Petrobras soma-se ao montante de R$ 1,475 bilhão já recebido pela companhia a título de ressarcimento de danos, por meio de acordos de colaboração premiada.

*Com informações da Agência Brasil.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.