Projeto da UNESCO lança publicação sobre pesca sustentável no Norte e Nordeste

Pelos rios próximos à capital amazonense é comum encontrar pescadores nas portas das casas.
Pelos rios próximos à capital amazonense é comum encontrar pescadores nas portas das casas.

No Amapá, Maranhão e Pará, cerca de 10 mil famílias de quase 30 comunidades pesqueiras participam do Projeto Pesca Sustentável na Costa Amazônica (PeSCA). Nas próximas duas semanas, a iniciativa lança três publicações, uma para cada estado, sobre os contextos social, cultural, econômico e ambiental em que vivem os moradores. Pesquisas também analisam a cadeia de valor do caranguejo e de espécies de camarão.

No Amapá, Maranhão e Pará, cerca de 10 mil famílias de quase 30 comunidades pesqueiras participam do Projeto Pesca Sustentável na Costa Amazônica (PeSCA). Nas próximas duas semanas, a iniciativa lança três publicações, uma para cada estado, sobre os contextos social, cultural, econômico e ambiental em que vivem os moradores. Pesquisas também analisam a cadeia de valor do caranguejo e de espécies de camarão.

Fruto de cooperação entre a UNESCO e o Fundo Vale, o programa visa melhorar a renda e a qualidade de vida dos pescadores do litoral. Outro objetivo é garantir que o uso dos recursos pesqueiros locais seja ecologicamente responsável. Os relatórios sobre a situação das comunidades e sobre o projeto poderão ajudar na formulação de políticas públicas adequadas à realidade dos beneficiários.

Os eventos onde serão apresentadas as três publicações contam com o apoio de parceiros locais e da Secretaria Nacional de Juventude. Os documentos foram preparados com a parceria da Conservação Estratégica (CSF-Brasil). O primeiro lançamento acontece dia 26/06/2018, em São Luís. Depois, no dia 29/06/2018, haverá um evento de lançamento em Macapá (AP). Por fim, no dia (04/07/2018), acontece o lançamento em Belém (PA).

Publicações

Cada publicação é dividida em duas avaliações: o Diagnóstico Sociocultural, Econômico e Ambiental, elaborado com o intuito de compreender a vida das comunidades e dos pescadores artesanais de camarão e caranguejo; e o Diagnóstico das Cadeias de Valor da Pesca, para mapear e analisar todos os elos da cadeia de produção e comercialização dos pescados, desde sua captura até o consumo final.

Os documentos apresentam centenas de dados sobre as cadeias de valor do camarão piticaia e a do camarão branco, no Maranhão; do caranguejo e do camarão regional-da-Amazônia, no Pará; e do camarão regional-da-Amazônia, no Amapá.

Os materiais foram sistematizados pela UNESCO no Brasil, com a parceria da CSF-Brasil. “A pesca, além de gerar empregos, negócios e renda, contribui para a subsistência e a segurança alimentar de muitas pessoas e comunidades tradicionais do país”, afirma o coordenador do setor de Ciências Naturais da UNESCO no Brasil, Fábio Eon.

O diretor da CSF-Brasil, Pedro Gasparinetti Vasconcellos, reforça:”Essas informações são importantes para que os atores envolvidos nas cadeias de valor possam se planejar, identificando gargalos nos processos produtivos e oportunidades que devem ser trabalhadas e discutidas pelas comunidades, governo e setor privado. Por isso, o diagnóstico é fundamental para direcionar investimentos, sendo eles públicos, privados ou de instituições de apoio da sociedade civil, que visem a fortalecer a pesca como uma fonte de renda sustentável, melhorando a conservação dos recursos pesqueiros e a qualidade de vida das comunidades envolvidas nas cadeias de valor da pesca artesanal”.

A diretora de Operações do Fundo Vale, Patrícia Daros, espera que “os diagnósticos ampliem o conhecimento sobre a realidade regional, inspirem outras iniciativas semelhantes e dê luz à importância da conservação dos ecossistemas costeiros e às atividades econômicas neles desenvolvidas”.

“Com esses diagnósticos, pretendemos contribuir para preencher a lacuna existente em termos de informações e dados estatísticos a respeito da pesca artesanal no país”, acrescenta o oficial de Meio Ambiente da UNESCO no Brasil e coordenador do projeto, Massimiliano Lombardo.

O presidente da Fundação Mitsui Bussan do Brasil, Shinji Tsuchiya, ressalta que “o conceito de pesca sustentável é muito inspirador como projeto de meio ambiente, pois a atividade contribui para a conservação ambiental por meio da melhoria da qualidade de vida das comunidades”.

Implementado há três anos com mais de 40 instituições locais, o PeSCA foi concebido coletivamente, com o envolvimento direto de representantes do governo federal, dos governos do Pará, Amapá e Maranhão, de prefeituras, universidades, institutos de pesquisa, organizações não governamentais, lideranças comunitárias e pescadores.

*Com informações da ONU News.


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