Nesta quinta-feira (27/09/2018), os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) realizam um protesto em frente à Prefeitura, às 9h30. Um almoço, que tem em seu cardápio um Caruru pela educação pública, será servido aos participantes. As atividades acadêmicas estarão paralisadas, conforme aprovado em assembleia realizada na última segunda (24). A mobilização também integra o Dia Nacional de Lutas, organizado pelo Sindicato Nacional. As demais instituições estaduais baianas também organizarão atos públicos.
Faixas, camisas, panfleto e bandeiras denunciarão o subfinanciamento da educação pública superior pelo atual Governo da Bahia e o maior arrocho salarial dos últimos 20 anos, imposto por ele aos docentes do ensino superior. Um grupo musical endossará o protesto a ser realizado em Feira de Santana.
As universidades estaduais da Bahia a cada dia sofrem com maiores problemas orçamentários. O orçamento previsto é insuficiente para pagar todas as despesas, porém a situação está mais grave com a política de contingenciamento dos recursos já aprovados.
Segundo dados da Assessoria Técnica e de Desenvolvimento Organizacional da Uefs (Asplan), de janeiro a setembro deste ano, R$ 17.087.047,00 não foram repassados para a verba de manutenção e investimento. Se contabilizado por minuto, o valor que deixou de ser enviado à instituição soma R$ 44,25. O contingenciamento de recursos, até este mês, nesta rubrica, é de quase 30%. Ensino, pesquisa, extensão e permanência estudantil estão seriamente prejudicados.
Direitos trabalhistas
Mas, não só o orçamento das universidades é prejudicado pela severidade do ajuste fiscal do governo. De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a categoria docente vive o maior arrocho salarial dos últimos vinte anos.
O governo Rui Costa tem imposto uma dura política de desvalorização dos servidores públicos. São quase quatro anos sem reposição inflacionária. Para recompor a perda correspondente, o reajuste necessário é de 21,1%.
Além de não repor a inflação, os direitos trabalhistas dos professores das universidades estaduais também não são cumpridos. Nas quatro instituições, centenas de professores aguardam promoção, progressão e mudança de regime na carreira.
O movimento docente já tentou todas as formas de negociação, mas o governo segue inflexível.
Ato dia 29
Em assembleia, os docentes também decidiram endossar a manifestação a ser realizada em todo o país, no dia 29 de setembro, contra a defesa explícita do machismo, fascismo, autoritarismo, racismo, lgbtfobia e misoginia. O ato público está marcado para às 9h, em frente à Prefeitura.
Inicialmente, o protesto do dia 29 de setembro foi organizado por mulheres, mas atualmente conta com o apoio de pessoas de diversos segmentos, inclusive com mobilizações internacionais.
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