“Eu represento um movimento de advogados militantes que nunca tiveram cargo na OAB-BA. Não entendo como algumas pessoas estão se perpetuando há 18 anos na Ordem. Quem não conseguiu resolver os problemas em 18 anos vai conseguir em mais três? Queremos uma OAB sem dono”, a afirmação é do advogado criminalista Gamil Föppel, candidato à presidência da Ordem pelo movimento Renova OAB. Durante entrevista no programa Metrópole Serviço, na tarde desta segunda-feira (22/10/2018), ele defendeu, caso eleito, uma gestão com transparência, eficiência e que pretende devolver a dignidade da profissão.
“A OAB é um órgão de classe fundamental e indispensável para a sociedade civil, mas ela precisa se reajustar. Precisa ser governada com a eficiência das boas práticas da iniciativa privada e da pública e com os princípios de moralidade administrativa”, acrescentou o jurista, que é também professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Um dos principais problemas a ser enfrentado, segundo Gamil, é a defesa das prerrogativas profissionais. “Quando se fala que a Ordem é fundamental para o advogado, isso já, ao mesmo tempo, uma garantia para o próprio cidadão. Se você precisar, por exemplo, de uma ação de alimentos ou de vínculo trabalhista, você precisa que o advogado tenha autonomia, altivez, prerrogativas para que ele possa agir em seu nome”.
O advogado contou, ainda, que, apesar da importância delas, as prerrogativas têm sido desrespeitadas e a Ordem não tem intercedido para solucionar o problema. Muitos profissionais, segundo ele, sequer procuram a instituição porque historicamente não tem sido adotadas providências. “Nós, advogados e advogadas, andamos desamparados e desassistidos pela Ordem. Não se defendem prerrogativas com blitz e avisando que elas serão feitas ou com jograis”, acrescentou.
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