Discussão sobre Escola sem Partido é novamente suspensa na Câmara dos Deputados; Projeto viola direitos fundamentais, é inconstitucional, resultante de ser vulgar tipo mentecapto

A Comissão Especial da Câmara que analisa o projeto de lei sobre a Escola sem Partido se reúne para discussão da matéria.
A Comissão Especial da Câmara que analisa o projeto de lei sobre a Escola sem Partido se reúne para discussão da matéria.
A Comissão Especial da Câmara que analisa o projeto de lei sobre a Escola sem Partido se reúne para discussão da matéria.
A Comissão Especial da Câmara que analisa o projeto de lei sobre a Escola sem Partido se reúne para discussão da matéria.

Após discussões acaloradas entre parlamentares e entre manifestantes, foi novamente suspensa a reunião da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto Escola sem Partido. Uma manifestante favorável ao projeto chegou a tentar dar um tapa em outro que é contra a proposta quando este tentou pegar um cartaz dela que estava no chão. Ele alegou que o cartaz onde estava escrito: “Maconha, não” era ofensivo, pois no contexto apresentado dava a entender que os professores eram drogados. O cartaz pedia ainda exame toxicológico de docentes.

A reunião foi suspensa há pouco por causa do início da ordem do dia no plenário.

Segundo o presidente da comissão, Marcos Rogério (DEM-RO), a discussão será retomada quando terminar a ordem do dia. Os integrantes de grupos contrários e favoráveis ao projeto continuaram no local e os ânimos se exaltaram, com as pessoas gritando umas com as outras.

“A esquerda queima a bandeira do Brasil e troca pela bandeira vermelha”, afirmou uma manifestante que apoia o projeto. “Eu sou professora, vocês me respeitem”, disse outra, contra o Escola sem Partido.

Marcos Rogério chegou a pedir a intervenção da Polícia Legislativa: “Vou pedir que a segurança intervenha. Convidados são convidados a permanecer no ambiente de respeito mútuo entre os manifestantes e os parlamentares, não cabe manifestação, discurso”, apelou. Os seguranças se posicionaram entre os manifestantes, mas as agressões verbais continuaram. Quando manifestantes favoráveis ao Escola sem Partido fizeram gestos que imitavam o uso de armas, a deputada Alice Portugal  (PCdoB-BA) reclamou: “Está incentivando a violência. Estamos num ambiente educacional”.

Durante a reunião, houve bate-boca entre os parlamentares. O relator da proposta, deputado Flavinho (PSC-SP), chamou de mentirosa a deputada Erika Kokay (PT-DF).. “Não seja dissimulada e mentirosa. O projeto criminaliza professor? Não seja mentirosa!”, disse Flavinha depois que Erika manifestou-se contra o projeto.

Caso o substitutivo do deputado Flavinho seja aprovado na comissão e não haja pedido para que seja analisado em plenário, o projeto Escola sem Partido poderá seguir diretamente para o Senado Federal. O texto ainda não começou a ser lido.

Projeto Pelo projeto em discussão, as escolas deverão apresentar cartazes com deveres do professor. Um deles é o que proíbe o professor de usar sua posição para influenciar os alunos política, ideológica ou partidariamente. O professor também fica proibido de incitar os alunos a participar de manifestações e deverá indicar as principais teorias sobre questões políticas, socioculturais e econômicas.

Outros princípios incluídos na proposta são o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem familiar sobre os da educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa.

Outros projetos de lei com conteúdo semelhante ao do Escola sem Partido tramitam tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

Os defensores da proposta dizem que professores e autores de material didático vêm usando suas aulas e obras para tentar obter a adesão dos estudantes a determinadas correntes políticas e ideológicas.

Já os críticos do projeto afirmam que as leis atuais já impedem qualquer tipo de abuso por parte dos professores e que um projeto como o Escola sem Partido vai gerar insegurança nas salas de aulas e perseguição aos docentes.

Projeto de mentecaptos

O Projeto de Lei ‘Escola Sem Partido’ viola direitos fundamentais, é inconstitucional e é resultante do ser vulgar tipo mentecapto.

Escola pública é estrutura de Estado, portanto, não tem partido.

Professores tem direito a liberdade de pensamento e expressão, limitar este direito é inconstitucional e apenas uma Assembleia Constituinte poderia fazê-lo.

Os professores, como todo cidadão, são seres sociais, possuem visão de mundo e podem se filiar a partidos. Educar os alunos conforme a própria percepção de mundo, condição que é parte do processo humanizatório das pessoas, é um dos elementos que permitem o desenvolvimento das competências sociais dos indivíduos, permitindo desenvolver a capacidade de convivência com a diversidade de pensamento e opinião.

Quem propõe violar esses conceitos, limitando a liberdade de expressão e opinião é mentecapto e dementando, evidência baixa formação intelectual e humanitária, merece o desprezo.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.