Governo Bolsonaro admite acabar com aumento real do salário mínimo

Jair Messias Bolsonaro e Mansueto Almeida.
Jair Messias Bolsonaro e Mansueto Almeida.
Jair Messias Bolsonaro e Mansueto Almeida.
Jair Messias Bolsonaro e Mansueto Almeida.

Conforme se alertava ainda durante a campanha, o salário mínimo deve sofrer um duro golpe do governo Jair Bolsonaro. Em evento com investidores, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, admitiu acabar a política de valorização criada pelo governo Lula.

“Se ele continuar crescendo, a gente tem que ver como financiar isso”, justificou, informa o Estadão. Atualmente cerca de 50 milhões de brasileiros recebem um salário mínimo por mês.

Ou seja, os bolsonaristas consideram o piso de R$ 954,00 alto demais, e já buscam meios de sacrificar ainda mais o povo em nome do ajuste fiscal.

A regra lançada em 2007 prevê que o salário mínimo seja reajustado conforme a inflação somada ao crescimento PIB de dois anos antes.  Estudos mostram que, caso ela não existisse, o salário mínimo atual seria de R$540,00.

Na opinião do economista de Bolsonaro, a política de valorização tem trazido o salário mínimo da renda média do Brasil, o que é errado. “Quem tem produtividade maior precisa ganhar melhor, até como forma de reter trabalhadores”, defendeu.

O novo governo ignora que, aliada a outros projetos de desenvolvimento, o ajuste do salário mínimo, da forma como foi instituído por Lula, contribuiu para tirar mais de 36 milhões de pessoas da pobreza, gerou renda e fez a economia crescer De 2002 a 2010, o aumento real do salário mínimo atingiu a marca de 53,67%, chegando a 76,54%, em 2015.

Mansueto Almeida foi nomeado logo após o golpe que tirou Dilma do governo, e promovido ao cargo atual em 2018 – ano em que o aumento do salário mínimo ficou abaixo da inflação pela primeira vez. Ele continuará no cargo.

*Com informações do Estadão e Sul21.


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