Museus do Vaticano homenageiam Johann Joachim Winckelmann, fundador da arqueologia moderna; Confira vídeo

Vista externa dos Museus do Vaticano.
Vista externa dos Museus do Vaticano.
Vista externa dos Museus do Vaticano.
Vista externa dos Museus do Vaticano.

A exposição “Obras-primas nos Museus Vaticanos”, dedicada ao arqueólogo e historiador de arte da Prússia no 250º aniversário de sua morte, apresenta ao público, até 9 de março 2019, 50 obras dos Museus, da antiguidade egípcia à arte da Renascença, que foram fruto dos interesses de Johann Joachim Winckelmann.

É como uma caça ao tesouro em cinquenta etapas pelas salas, pátios e corredores dos Museus Vaticanos, guiados pelo gosto e pelo grande conhecimento da arte de Johann JoachimWinckelmann (Stendal 1717-Trieste 1768), para descobrir 50 obras de arte presentes nas coleções dos Papas.

A exposição “Winckelmann. Obras-primas nos Museus Vaticanos”, inaugurada em 9 de novembro e que permanecerá aberta até 9 de março de 2019, destaca o papel crucial que as coleções vaticanas tiveram nos estudos, nas teorias e nos escritos daquele que é considerado o pai da arqueologia moderna.

Barbara Jatta, diretora dos Museus Vaticanos, explica que se trata de “uma mostra que de certa forma homenageia Winkelmann, reconhecendo a importância que seu pensamento estético teve na formação dos Museus Vaticanos como modernamente entendidos, como nós hoje os visitamos”.

“Obras-primas nos Museus Vaticanos”, acrescenta a diretora Jatta, “são obras somente dos Museus, 50 pontos onde estão os trabalhos, que não são somente de arqueologia clássica greco-romana, mas partem de obras da arte egípcia, passando pela etrusca, para então chegar à pintura da grande Renascença, e portanto as Salas de Rafael, mas também Barocci, Tiziano e o mesmo Caravaggio”.

É uma exposição dos Museus Vaticano, explica a diretora, “que envolveu todos os departamentos, todos os escritórios e laboratórios de restauração, porque são unicamente obras dos Museus Vaticanos, com uma exceção, perto da Biblioteca Apostólica Vaticana,  onde Winckelmann trabalha, onde recebe antes o título de Teutonicus scriptor e mais tarde, quase no fim da vida, o cobiçado título de scriptor grecus, mas sobretudo onde recebe o título de curador do nascente Museu Profano, que é precisamente um dos dois núcleos museológicos que constituem as primeiras formas dos Museus Vaticanos como entendidos modernamente”.

São antes de tudo as obras do Belvedere Vaticano – explica ainda Barbara Jatta – “que já existia como coleção pontifícia, mas não tinha a estrutura que tem hoje como Pátio Octogonal com o Museu Pio Clementino, que vê a luz apenas três anos após sua morte, em 1771. Mas que é também constituído graças ao pensamento estético de Winckelmann, às suas teorias, a sua história da arte da antiguidade”.

Guido Cornini, curador da exposição sobre Winckelmann, e diretor do departamento para a arte dos séculos XV e XVI dos Museus Vaticanos, nos explica que esta exposição, 300 anos após seu nascimento e 250 após a sua morte, “quer celebrar esta grande figura de historiador da arte e arqueólogo, o primeiro arqueólogo que podemos definir como tal, que marcou como um gigante a cultura do seu tempo e as sucessivas, Johann Joachim Winckelmann”.

A arte grego-romana constitui – recorda Cornini – “o objeto principal de atenção de Winckelmann, graças a qual consegue imaginar uma periodização, com base na qual foi possível depois construir o mosaico da história da arte dos períodos sucessivos. Portanto, além de arqueólogo, ele é também o fundador da história da arte como a conhecemos hoje “.

Winckelmann, diz ainda Cornini, “chegou a Roma vindo da sua Prússia, precedido por um sonho de antiguidades que se havia formado com as leituras na Biblioteca do Rei Augusto da Saxônia e é contratado inicialmente pelo cardeal Passionei e mais tarde por Albani, e esta foi a sua sorte. É introduzido nos principais salões da aristocracia que abriga as mais importantes obras de arte da antiguidade. Tem a disposição assim, um imenso panorama do conhecimento histórico e artístico e entende que tudo o que foi escrito até aquele ponto sobre a história da arte da antiguidade, não resiste à prova da experiência direta e realiza um desenho da história da arte que começa precisamente nos mármores que estão aqui no Vaticano. De Laocoonte ao Torso do Belvedere, que estão no Vaticano desde o século XVI”.

Os Museus Vaticanos que nascem logo após sua morte, conclui Cornini, “ainda vivem à sombra de seus ensinamentos. Naqueles tempos milagrosos, eram continuamente descobertas obras de arte que floresciam da terra e ele estava em todas as escavações. Como Comissário para as antiguidades de Roma, nomeado pelo Papa Clemente XIII, tinha o monopólio científico de tudo o que era escavado na cidade, e também os privados tiveram que abrir as portas de suas casas para mostrar a ele o que tinham.

Winckelmann consegue dar um forte impulso a esses estudos e está presente na vanguarda do nascimento do movimento neoclássico, do qual ele é um dos fundadores.

Confira vídeo


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.