O Grupo de Observações da Terra, GEO, uma parceria apoiada pela ONU para melhorar a partilha de dados de observação da Terra, lançou uma iniciativa global para reverter a crise ”criada pela desertificação e degradação do solo.”
A principal meta é que os chamados “dados de qualidade” sejam transferidos para responsáveis por decisões nacionais e locais, para que estes possam ser usados de maneira mais efetiva no terreno.
Iniciativa
Em setembro de 2018, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, Unccd, pediu o apoio do GEO.
O resultado é a Iniciativa de Neutralidade da Degradação da Terra, apresentada no Congresso do GEO de 2018, em Quioto, esta quinta-feira.
A neutralidade da degradação dos solos é definida pela Unccd como a melhoria e o aumento da qualidade e da quantidade dos recursos da terra que são necessários para apoiar o ecossistema e aumentar a segurança alimentar.
O novo compromisso reúne fornecedores de informação de todo o mundo para fortalecer o monitoramento e a geração de relatórios, permitindo que os governos tenham acesso a dados de qualidade e gerenciem melhor a terra.
Compromisso
Para a secretária executiva da Unccd, Monique Barbut, “a degradação da terra é uma crise existencial. Até agora, monitorá-la em tempo real parecia um desafio insuperável. Agora é possível.”
A representante acredita que com os dados de observação da Terra e as ferramentas práticas para usá-los prontamente, “os que tomam decisão e os que exploram a terra terão informações imediatas para ampliar a administração e planejamento sustentáveis da Terra. É um primeiro passo para aumentar nossa resiliência.”
Até ao momento, 119 governos comprometeram-se a tomar as medidas necessárias para evitar, interromper e reverter a degradação da terra para garantir que a quantidade das terras produtivas estabilize até 2030.
Ação climática
A Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Unccd, diz que a qualidade da terra está a degradar-se em quase todos os países do mundo, 169 no total.
As consequências relacionadas são a perda de vida selvagem, o deslocamento interno de populações e a migração forçada.
A Unccd considera que “sem uma ação climática global e nacional urgente”, a África Subsaariana, o sul da Ásia e a América Latina poderam assistir ao movimento de mais de 140 milhões de pessoas dentro das suas fronteiras 2050. Uma realidade que aumentará a disputa de território.
*Com informações da ONU News.
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