Salvador será destaque em documentário da ONU sobre trânsito seguro

Reunião de representantes de órgãos e entidades que compõem o Programa Vida no Trânsito.
Reunião de representantes de órgãos e entidades que compõem o Programa Vida no Trânsito.
Reunião de representantes de órgãos e entidades que compõem o Programa Vida no Trânsito.
Reunião de representantes de órgãos e entidades que compõem o Programa Vida no Trânsito.

Os avanços da capital baiana relacionados à elaboração de estratégias para garantir a segurança no trânsito estarão num documentário que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), está produzindo. Representantes da entidade internacional estão em Salvador gravando entrevistas e imagens.

Na manhã desta segunda-feira (26/11/2018), diversos representantes de órgãos e entidades que compõem o Programa Vida no Trânsito (PVT) se reuniram para trocar experiências e falar com os jornalistas da Opas. Eles aproveitaram a oportunidade para discutir as estratégias para humanizar os dados de acidente no trânsito e mudar comportamentos de condutores e pedestres.

Além de representantes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e da Opas, estavam presentes no encontro integrantes das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, da Universidade Federal da Bahia (UFBa), do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O PVT é coordenado pelo Ministério da Saúde e foi implantado em 2013 na capital baiana. O Programa envolve a articulação com diversos setores sociais como saúde, medicina do trânsito e educação para trânsito e transportes terrestres. Entre os anos de 2018 a 2020, a coordenação estratégica do PVT na capital baiana está a cargo da Transalvador.

“Os resultados de Salvador nos animam. É um lugar que não somente conseguiu superar os problemas como insistiu nas ações para promover um trânsito mais seguro. O trabalho que é feito pelo grupo do PVT aqui na cidade é um exemplo”, afirma Victor Pavarino, consultor de segurança viária da Opas/OMS.

Desde o início da atual gestão, a Transalvador tem adotado estratégias para reduzir o número de acidentes com vítimas na cidade. Entre os anos de 2012 a 2017, o órgão conseguiu reduzir em 51% o número de acidentes com vítimas fatais na capital baiana, superando, com três anos de antecedência, a meta estabelecida pela ONU para a década 2010 – 2020 de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito. Houve uma redução de 239 acidentes com mortes em 2012 para 116 em 2017. A autarquia visa zerar esses acidentes fatais. Por isso, investe em diversas ações voltadas a esse objetivo.

“Esse reconhecimento internacional nos anima a trabalhar ainda mais para contribuir por um trânsito mais seguro. Queremos deixar um legado para os soteropolitanos e expandir nossas práticas para outras cidades do mundo”, afirma Fabrizzio Müller, superintendente da Transalvador.

Ações para um trânsito seguro

Entre as estratégias que promovem um trânsito mais seguro estão o fortalecimento dos setores de engenharia e projeto do órgão e o desenvolvimento de ações para readequação viária e melhoria na sinalização, por exemplo. Vale citar o exemplo da intervenção na Av. Suburbana que, após as melhorias, reduziu o número de acidentes fatais de 17, em 2015, para dois, até o momento, neste ano.

Em requalificações como a da Barra e do Rio Vermelho, locais que atraem turistas de diversas partes do mundo, foram adotados o conceito traffic calming, um conjunto de medidas para a redução do tráfego motorizado com o objetivo de democratizar o espaço público. Nesses bairros, as velocidades máximas permitidas variam de 30km/h a 40km/h. Há mais espaços para ciclistas e pedestres. Intervenções com essa proposta estão sendo idealizados para outras áreas da cidade.

Também foi repensado o desenho de vias, a exemplo da região do Iguatemi e do Jardim dos Namorados. Nessas obras, foram criados espaços não somente para carros, mas para pedestres e ciclistas. Graças ao esforço municipal, a malha viária da cidade já alcança 225 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas. Desse número, 149,24 km foram implantados pela Prefeitura de Salvador, desde 2013.

Aliado a isso estão fiscalizações mais efetivas, especialmente com a blitz de Lei Seca, que passaram a acontecer diariamente. Houve um reforço em ações educativas como a realização de projetos como Condutores do Futuro, quando agentes da Transalvador vão para escolas trocar experiências com estudantes. Realizamos também a Operação Volta às Aulas pensando em reduzir os impactos causados no trânsito em função do retorno das aulas escolares. Acreditamos que a mudança efetiva de comportamento no trânsito se dá por meio da conscientização de condutores e pedestres.


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