Brasil já desmatou “duas Alemanhas” de Floresta Amazônica

Dados são monitorados pelo Inpe há 30 anos. Inicialmente, sistema media se desmatamento na Amazônia ocorria conforme os planos do regime militar. Com o tempo, pressão internacional e tecnologia levaram a maior controle.
Dados são monitorados pelo Inpe há 30 anos. Inicialmente, sistema media se desmatamento na Amazônia ocorria conforme os planos do regime militar. Com o tempo, pressão internacional e tecnologia levaram a maior controle.
Dados são monitorados pelo Inpe há 30 anos. Inicialmente, sistema media se desmatamento na Amazônia ocorria conforme os planos do regime militar. Com o tempo, pressão internacional e tecnologia levaram a maior controle.
Dados são monitorados pelo Inpe há 30 anos. Inicialmente, sistema media se desmatamento na Amazônia ocorria conforme os planos do regime militar. Com o tempo, pressão internacional e tecnologia levaram a maior controle.

Numa região do Maranhão onde a Floresta Amazônica começa a dominar a paisagem, uma área de mata nativa acaba de ser destruída. O solo – agora exposto – aparece na tela de um dos computadores da equipe que monitora o desmatamento da maior floresta tropical do mundo, espalhada por nove estados brasileiros.

O dano ambiental é revelado nas imagens de satélite capturadas no dia anterior, interpretadas por profissionais que estão a mais de 2 mil quilômetros da mata recém-cortada. O trabalho de análise minucioso é feito em São José dos Campos, interior de São Paulo, de onde o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) acompanha há 30 anos a taxa anual de desmatamento da Amazônia.

“De imediato, o sistema de monitoramento não parece correr riscos”, responde Claudio Almeida, coordenador do programa no Inpe, quando questionado sobre as perspectivas para o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Anualmente, 2,2 milhões de reais são repassados ao Inpe para custear os projetos que monitoram a degradação florestal no país.

Bolsonaro já deu provas de que temas ambientais terão pouco espaço na agenda. Um exemplo recente é a desistência do Brasil de sediar a Conferência do Clima da ONU, decisão influenciada pelo governo de transição, como admitiu o presidente eleito.

O sistema de monitoramento do Inpe revelou que o Brasil já desmatou um total de 783 mil quilômetros quadrados de Floresta Amazônica – área que equivale a mais de duas vezes o território da Alemanha. Desse total, 436 mil quilômetros quadrados foram desmatados após 1988, quando o Inpe passou a monitorar a floresta anualmente.

Em 2018, a taxa de desmatamento da Amazônia foi a mais alta da última década: 7,9 mil quilômetros quadrados, dos quais cerca de 95% correspondem a cortes ilegais.

A história da vigilância por satélites começou às avessas. No fim dos anos 1970, o governo militar queria fiscalizar se a floresta estava sendo destruída como o programado: havia incentivo para substituir a vegetação por fazendas, e o Inpe foi convidado a criar uma forma de verificar se as árvores nativas estavam dando lugar a pastos.

Anos mais tarde, o cenário mudou. “O país passou a sofrer uma grande pressão internacional por conta dos investimentos que estavam acabando com a Amazônia”, contextualiza Dalton de Morisson Valeriano, pesquisador que ajudou a implementar o monitoramento.

Foi então que o país passou a medir as taxas anualmente. Em 1988, as imagens registradas por um satélite americano chegavam ao Inpe impressas em papel. Eram necessárias 229 fotos, cada uma com cerca de 90 cm x 120 cm, para analisar toda a Amazônia.

*Com informações do Deutsche Welle.


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