Dinheiro para Michelle Bolsonaro foi quitação de empréstimo, diz presidente eleito Jair Bolsonaro; Flávio Bolsonaro disse que ex-assessor vai se explicar ao MPF sobre movimentação financeira suspeita

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participa de culto na Igreja Batista Atitude ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro, no Rio de Janeiro.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participa de culto na Igreja Batista Atitude ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro, no Rio de Janeiro.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participa de culto na Igreja Batista Atitude ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro, no Rio de Janeiro foto Fernando.
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participa de culto na Igreja Batista Atitude ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro, no Rio de Janeiro.

O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (07/12/2018) ao site O Antagonista que os R$ 24 mil pagos em cheques pelo ex-assessor Fabrício José de Queiroz à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro referem-se à quitação de uma dívida pessoal. “Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil.”

Segundo o presidente eleito, Queiroz pagou em dez cheques de R$ 4 mil. “Eu podia ter botado na minha conta. Foi para a conta da minha esposa, porque eu não tenho tempo de sair. Essa é a história, nada além disso”, afirmou.

Ele comentou também que não registrou a operação no imposto de renda.

Segundo Bolsonaro, Queiroz é seu amigo há 34 anos, desde os tempos da Brigada Paraquedista, quando era soldado. Ele passou em concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro e, mais tarde, foi contratado pelo gabinete do filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deputado estadual eleito senador.

O presidente eleito disse ainda que só pretende reatar contato com o velho amigo depois que ele explicar ao Ministério Público Federal (MPF) a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em sua conta no período 2016-2017.

Flávio Bolsonaro disse que ex-assessor vai se explicar ao MPF movimentação financeira suspeita

O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse nesta sexta-feira (7) que seu ex-motorista e ex-assessor Fabrício José Carlos de Queiroz prestará esclarecimentos ao Ministério Público Federal sobre a movimentação atípica em suas contas bancárias de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Flávio informou já ter recebido explicações satisfatórias de Queiroz.

“A versão que ele me coloca é bastante plausível”, afirmou o deputado estadual, acrescentando que Queiroz apresentará provas e explicações ao Ministério Público. “Até que se prove o contrário, eu confio nele”, disse Flávio Bolsonaro, lembrando que conhece o ex-assessor há mais de 10 anos. “Tenho toda a tranquilidade. O que me foi relatado é que não há nenhuma irregularidade.”

Flávio Bolsonaro concedeu entrevista coletiva em frente à casa do pai, em um condomínio, na Barra da Tijuca. Segundo ele, estava incomodado com a situação envolvendo seu ex-assessor.

Para o deputado estadual, eleito para o Senado, a conversa com o ex-assessor foi positiva e as explicações dadas por Queiroz foram suficientes. Flávio afirmou, entretando, que ele e o pai ficaram “surpresos” e “chateados” com o caso. Ele afirmou ainda que não tornaria públicas as explicações de seu ex-motorista a pedido dos advogados dele.

“Não tenho nada para esconder de ninguém”, ressaltou. “O acusado é ele; não sou eu”, destacou. “Ele me relatou uma história bastante plausível e me garantiu que não haveria nenhuma irregularidade. [Mas] quem tem que ser convencido é o Ministério Público. Assim que for convocado, ele vai esclarecer.”

Segundo informações publicadas pela imprensa esta semana, um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) anexado à Operação Furna da Onça, que investigou a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), indicaria movimentação financeira atípica do ex-assessor.

Nesta sexta-feira, o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, levantou dúvidas sobre a isenção do Coaf e disse que há interesses em desestabilizar a gestão de Bolsonaro.

“Setores estão tentando destruir a reputação do sr. Jair Messias Bolsonaro. No Brasil, a gente tem que saber separar o joio do trigo. Nesse governo é trigo. (…) Onde é que estava o Coaf no mensalão, no petrolão?”, disse o ministro, que participou de um debate com empresários em São Paulo.

O Ministério da Fazenda informou que o Coaf não irá se manifestar sobre a polêmica.

*Com informações da Agência Brasil.


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