PF recebeu relatório que revela fonte das ‘fake news’ nas Eleições 2018

A Polícia Federal recebeu um relatório técnico com o rastreamento das principais fake news disseminadas nas Eleições 2018.
A Polícia Federal recebeu um relatório técnico com o rastreamento das principais fake news disseminadas nas Eleições 2018.
A Polícia Federal recebeu um relatório técnico com o rastreamento das principais fake news disseminadas nas Eleições 2018.
A Polícia Federal recebeu um relatório técnico com o rastreamento das principais fake news disseminadas nas Eleições 2018.

A Polícia Federal recebeu um relatório técnico com o rastreamento das principais fake news disseminadas nas Eleições 2018. O parecer, que foi elaborado pelo especialista em telecomunicações da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Miguel Freitas, permite a identificação das fontes das notícias falsas que circularam por meio do WhatsApp, principal estratégia da campanha de Jair Bolsonaro (PSL).

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a Procuradoria-Geral da República recebeu o documento no dia 26 de novembro. O relatório foi entregue à procuradora Raquel Branquinho que o enviou para a PF. Ainda de acordo com a publicação, a Polícia Federal negou, em um primeiro momento, ter recebido o parecer.

A assessoria, no entanto, confirmou, posteriormente, que o relatório foi recebido pelo delegado Thiago Marcantonio, responsável pelo inquérito sobre o envio em massa de fake news pelo WhatsApp. A investigação sobre o esquema no WhatsApp teve início no dia 20 de outubro, após a Folha revelar que empresários bancaram envio em massa de mensagens contra o PT pelo aplicativo durante a campanha.

O especialista em telecomunicações da PUC afirmou, em email à procuradora, que o parecer poderia “auxiliar em algumas linhas de investigação quanto ao uso e disseminação das ‘fake news’ na eleição de 2018”. Ainda segundo Freitas, que coordena o laboratório de Pesquisa em Tecnologia de Inspeção (CPTI/PUC-RJ), o documento reúne “informações técnicas e indícios sobre as origens de algumas das postagens falsas mais relevantes observadas neste processo eleitoral em grupos públicos de WhatsApp”.

Fonte inicial das fake news

O especialista coletou, inicialmente, dados de 115 grupos de WhatsApp e posteriormente rastreou outros 162 grupos, totalizando 277. Ele identificou 16 notícias falsas de grande circulação ao longo da campanha eleitoral, citadas por veículos da imprensa. O relatório entregue à PF identificou a fonte inicial das fake news, os responsáveis pelo primeiro upload de cada vídeo ou imagem disseminada no WhatsApp.

“Se a Justiça requerer ao WhatsApp os registros que a plataforma mantém em relação a esses identificadores que nós localizamos, será possível chegar ao endereço IP da pessoa que primeiro fez o upload, ou seja, identificá-la”, diz Freitas à Folha. Nos EUA, por exemplo, o WhatsApp já forneceu dodos ao FBI (polícia federal estadunidense) algumas vezes, mediante ordem judicial durante investigação de crimes.

O especialista revelou ainda que se colocou à disposição da PF para dar mais esclarecimentos. Quase dois meses depois, no entanto, ninguém entrou em contato com Freitas.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.