
Indignados com a política do governo Rui Costa de sucateamento das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) aprovaram, em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (21), o estado de greve. Com este encaminhamento, indicado pelo Fórum das ADs, a categoria está ainda mais perto da deflagração do movimento paredista.
Além do estado de greve, os presentes endossaram o indicativo do Fórum das ADs de que no dia 4 de abril de 2019 uma nova assembleia seja realizada para a categoria decidir sobre a deflagração da greve, caso o governo não apresente respostas à pauta de reivindicações 2019.
Compromisso
Ainda conforme a decisão da assembleia, a diretoria da Adufs deverá enviar um documento aos três candidatos ao cargo de reitor e de vice-reitor da Uefs solicitando-lhes o comprometimento em não enviar ao governador Rui Costa nenhuma lista com nomes dos professores da universidade durante a possível greve. O mesmo documento também será protocolado junto ao Fórum de Diretores dos Departamentos. A medida é uma forma de a categoria evitar qualquer tipo de retaliação por parte dos gestores públicos durante o movimento paredista. Um outro encaminhamento é que os candidatos ao cargo de reitor e de vice-reitor assinem um documento comprometendo-se a não assumirem as funções, caso a chapa que representam não tenha sido a mais votada.
O estado de greve também foi aprovado nas assembleias dos professores das universidades estaduais da Bahia (Uneb), de Santa Cruz (Uesc) e do Sudoeste da Bahia (Uesb).
Paralisação nesta sexta (22)
Os professores presentes à assembleia desta quinta (21) aprovaram a paralisação das atividades acadêmicas, nesta sexta-feira (22), para endossar o Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência. Centrais sindicais de todo o país indicaram de forma unitária que, nesta data, deve haver protestos de diversas categorias denunciando que a reforma significa o fim do direito à aposentadoria.
Em Feira de Santana será realizado um ato público às 9h, em frente à Prefeitura Municipal. Já em Salvador está sendo organizada uma manifestação com panfletagem. A concentração será às 9h, na Rótula do Abacaxi. A diretoria da Adufs participará das mobilizações.
O porquê da greve
Segundo os docentes sofrem com constantes ataques à carreira e com o arrocho salarial. O último reajuste das perdas inflacionárias ocorreu em 2015. Há quatro anos sem recomposição, os salários já sofreram perdas que ultrapassam os 25%. Esse é o maior arrocho das últimas duas décadas. O Planserv, o Estatuto do Magistério, o regime de Dedicação Exclusiva e a aposentadoria também foram duramente atacados.
Outro grave problema é o contingenciamento da verba destinada para investimento e manutenção das universidades estaduais. No caso da Uefs, desde 2015, a cada mês, cerca de 40% do recurso previsto no orçamento anual para esta rubrica não é repassado à universidade.
O Fórum das ADs já reivindicou a discussão da pauta 2019 por diversas vezes, mas o governo Rui Costa não negocia com os professores.
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