UFBA e Governo da Bahia assinam projetos de engenharia e geociências

Reitor João Carlos Salles e João Carlos Oliveira da Silva, secretário estadual do Meio Ambiente da Bahia, firmam acordo
Reitor João Carlos Salles e João Carlos Oliveira da Silva, secretário estadual do Meio Ambiente da Bahia, firmam acordo.
Reitor João Carlos Salles e João Carlos Oliveira da Silva, secretário estadual do Meio Ambiente da Bahia, firmam acordo
Reitor João Carlos Salles e João Carlos Oliveira da Silva, secretário estadual do Meio Ambiente da Bahia, firmam acordo.

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) assinou, nesta semana, um acordo de cooperação técnica com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que tem como objetivo compartilhar dados e informações técnico-científicas, qualificar quadros técnicos das instituições envolvidas e fomentar ações de desenvolvimento e preservação ambiental nos campos da engenharia e das geociências na Bahia.

Para o reitor João Carlos Salles, o acordo é um “exemplo de que a universidade está cumprindo sua missão e não está separada da sociedade. Muito pelo contrário: as pesquisas que são realizadas em nossos institutos estão coladas à realidade do nosso estado.” O secretário estadual do Meio Ambiente, João Carlos Oliveira da Silva, também destacou a importância do pacto entre as instituições: “É preciso unir a excelência da pesquisa realizada na UFBA com os projetos de avanços tecnológicos para a Bahia”.

A iniciativa é um passo estratégico para o o crescimento do Estado, pois terá a participação de várias instituições, como a Sema, o Inema e Universidade do Estado da Bahia (Uneb), e contará com unidades da UFBA como o Instituto de Geociências, através do programa de Reaproveitamento de Rejeitos Minerais e Resíduos Sólidos e de um projeto de estudos oceanográficos em águas brasileiras (leia abaixo). Há mais de um ano, um grupo de pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e Computação, da Escola Politécnica já vem trabalhando com projetos como o uso de drones para avaliação de impacto ambiental e um programa de monitoramento e gerenciamento de riscos ambientais, que também estão contemplados no escopo do convênio.

Outras unidades, como as pró-reitorias de Ensino de Graduação e de Pesquisa, Criação e Inovação e os institutos de Humanidades Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC) e de Biologia também desenvolverão ações ligadas às áreas da cooperação. O acordo de cooperação técnica nº 001/2019, que prevê a qualificação profissional do quadro técnico e pessoal das instituições coparticipantes, tem um prazo de vigência será de vinte e quatro meses.

Segundo os termos do acordo, a UFBA discutirá e promoverá atividades de treinamento e/ou reciclagem visando a qualificação dos quadros técnicos da Sema e Inema e técnicos, docentes e discentes da UFBA; promoverá viagens técnicas de campo entre seus técnicos, visando o estudo das áreas de interesse comum relacionadas com os projetos realizados; participará dos encontros de planejamento, das missões de supervisão e de avaliação dos projetos; monitorará, supervisionará, avaliará e fiscalizará o desenvolvimento de todos os projetos e ações; elaborará relatórios ou documentos técnicos necessários para a execução dos projetos; disponibilizará pessoal e equipamentos para integrar as atividades a serem desenvolvidas; apoiará as atividades e dará suporte necessário para o cumprimento das ações previstas no acordo, durante o seu período de vigência. A Sema e o Inema também discutirão e promoverão atividades de treinamento e/ou reciclagem, visando a qualificação de seus quadros técnicos, e também de técnicos, docentes e discentes da UFBA.

Parcerias com o Igeo

Está prevista para o dia 05 de junho a assinatura de um acordo de cooperação específico entre a Sema e o Instituto de Geociências (Igeo) da UFBA, enfocando dois novos programas de pesquisa que estão em fase final de elaboração. Segundo a diretora do Igeo, Olívia Oliveira, um deles é o programa de reaproveitamento de rejeitos minerais e resíduos sólidos da mineração em municípios do Estado da Bahia, que se ocupará do levantamento bibliográfico e geológico de campo para detalhar o conhecimento e registro das atividades vinculadas à temática.

As informações irão alimentar um banco de dados que possibilitará a realização de trabalhos acadêmicos e científicos a serem encaminhados para congressos/reuniões científicas e revistas especializadas. Segundo Oliveira, a “interdisciplinaridade se faz intrínseca nesse programa, uma vez que é necessária a integração da abrangência geológica a temas econômicos, sociais, destacando uma área de extrema importância na geociências que é a geomedicina”.

O programa, cujo período mínimo é de três anos de duração (2019 -2022), tem a intenção de implementar o desenvolvimento de patentes de inovação tecnológica com a participação de pesquisadores que são professores do instituto, ligados à área de geologia econômica e mineração, geologia de campo, geografia, geologia e geoquímica ambiental.

O outro programa é o de aquisição e avaliação de dados do meio físico e oceanográfico da região do arquipélago de Tinharé, em Boipeba, no interior da Bahia. O objetivo é a aquisição de dados de geofísica rasa e de oceanografia como subsídio para os estudos ambientais e suporte para avaliações no plano diretor daquela área.

A diretora conta que o projeto fará o levantamento batimétrico e topográfico dos principais canais da região para mapear a geodiversidade, a perfilagem de sub-fundo, a fim de identificar a quantidade dos materiais depositados, e a coleta de sedimentos para avaliar sua composição. As áreas técnicas contempladas são a oceanografia geológica, a geofísica rasa, a biodiversidade e a análise ambiental.

Oliveira sinalizou que os resultados esperados são o detalhamento do fundo e das áreas navegáveis, a classificação dos diferentes tipos de fundos oceânicos, a detecção e quantificação dos principais recursos minerais, a avaliação dos componentes biogênicos e indicadores da qualidade e saúde ambiental. E os benefícios acadêmicos e sociais serão a transferência de tecnologias, a avaliação da qualidade ambiental, a identificação e capacidade de diminuir futuros impactos ambientais (naturais ou não), o desenvolvimento e aprimoramento de modelos sobre o meio físico natural e o treinamento de pessoal local para auxiliar nas diferentes funções.

O programa durará o mínimo de três anos e terá a participação de pesquisadores do Igeo ligados à área de Oceanografia, Geofísica, Geologia e Geoquímica ambiental.

*Com informações da Universidade Federal da Bahia (UFBA).


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