A maioria dos políticos brasileiros é igual as prostitutas | Por Alberto Peixoto

Vista noturna do Congresso Nacional do Brasil.
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Considerada como a profissão mais antiga do mundo, na antiga Roma estas moças “ficavam” (stare) “diante dos” (pro) possíveis clientes, fazendo uma exibição do “material” libidinoso. Daí prostiture, “prostituir-se”.

A prostituta só enlouquece excepcionalmente. A mulher honesta, sim, é que, devorada pelos próprios escrúpulos, está sempre no limite, na implacável fronteira. – Nelson Rodrigues.

Assim age a maioria dos políticos brasileiros. Da mesma forma que define Nelson Rodrigues as mulheres honestas, pode-se também definir boa parte dos políticos brasileiros. A maioria dos governantes brasileiros vive sempre no limite, na implacável fronteira entre a honestidade e a corrupção. Sempre são devorados pelos seus próprios escrúpulos ou pela falta destes, o que é o mais provável.

Antes de se elegerem prometem solucionar os problemas da saúde, educação, segurança e desemprego ou qualquer adversidade que por ventura surja. Seja de cunho social ou de qualquer outra peculiaridade, porém, caso eleito nenhuma promessa é cumprido.

Após os resultados das eleições, os eleitos fazem tudo ao contrário. Não cumprem as promessas feitas em palanque. Como se pode ver, Bolsonaro em campanha era contra a Reforma da Previdência e, logo após tomar posse, manda um projeto criminoso no qual os trabalhadores e os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho perdem seus direitos trabalhistas.

Outros projetos desprezíveis são todos os que foram elaborados contra a Educação e Cultura, principalmente os cortes de verbas. O atual ministro da Educação, além de ser um tosco, ríspido, nunca pisou em uma escola pública; não entende nada de educação e com certeza só deve entender de terrorismo. A Educação no Brasil nunca foi tão desrespeitada como no atual governo.

É incompreensível a aversão que o governo do “chefe da famíglia Bolsonaro” tem pela educação. Se estivéssemos nos anos dourados do grande comediante Nordestino, Chico Anísio, ele mandaria fechar a Escolinha do Professor Raimundo.

Conforme dizia Darcy Ribeiro – antropólogo e político brasileiro – “a crise da educação não é uma crise, é um projeto”. De acordo a análise do coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara: “a privatização da educação é parte de uma política uniliberal”.

Ao contrário dos políticos brasileiros, na sua grande maioria corruptos, envolvidos em negócios ilícitos, as prostitutas são mais honestas e dignas do que estes.

As prostitutas, também conhecidas como profissionais do sexo, na prestação dos seus serviços voluptuosos, cumprem à risca tudo que foi combinado com seus clientes – antes e depois da execução de suas “funções” – honrando a sua classe, mostrando que em matéria de caráter são superiores aos governantes brasileiros – sem generalizar.

As prostitutas não merecem ser comparadas com estes bandidos. Esta comparação é infundada devido à honestidade destas profissionais no cumprimento de suas funções.

Seria mais razoável comparar estes delinquentes com Judas Iscariotes, que traiu Jesus Cristo por trinta moedas de prata.

*Alberto Peixoto, escritor.


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