Projetos mantidos pelo Instituto Ayrton Senna transformam a vida de estudantes em Feira de Santana

Girleide é catadora de produtos recicláveis e, há cinco anos, cria os filhos com a renda adquirida da venda dos recicláveis.
Girleide é catadora de produtos recicláveis e, há cinco anos, cria os filhos com a renda adquirida da venda dos recicláveis.
Girleide é catadora de produtos recicláveis e, há cinco anos, cria os filhos com a renda adquirida da venda dos recicláveis.
Girleide é catadora de produtos recicláveis e, há cinco anos, cria os filhos com a renda adquirida da venda dos recicláveis.

As irmãs Verônica e Isabela aprenderam a ler acompanhando a mãe Girleide pelos lixões e ruas de Feira de Santana. A mãe recolhia embalagens, revistas, latinhas e ensinava para elas as letras, as sílabas e as palavras. Elas entraram na escola com idade avançada e enfrentaram diversos desafios, que começaram a ser superados a partir dos projetos ‘Se Liga’ e ‘Acelera Brasil’, ambos mantidos pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) em escolas públicas da Bahia. As iniciativas são voltadas à alfabetização e aceleração do aprendizado dos estudantes baianos e já beneficiaram mais de 46 mil estudantes em Feira de Santana, cerca de 378 mil crianças em todo o estado.

Com a chegada de mais um McDia Feliz, que esse ano acontece no dia 24 de agosto, a Arcos Dorados, maior franquia do McDonald’s no mundo, renova o compromisso em apoiar os projetos. A partir de 2018, o McDia Feliz ampliou seu impacto social e passou a beneficiar também a educação. Desde então, mais de R$ 24 milhões do total arrecadado durante o McDia Feliz foram doados ao Instituto Ayrton Senna e ao Instituto Ronald McDonald.

Essa parceria teve um grande impacto na vida das irmãs Veronica, hoje com 12 anos e Isabela, 11. Elas vivem com a mãe Girleide, o pai e o irmão em uma casa a beira do rio Jacuípe, no distrito de Ipuaçu, zona rural de Feira de Santana. A mãe Girleide é catadora de produtos recicláveis e, há cinco anos, cria os filhos com a renda adquirida da venda dos recicláveis. Atualmente, o desejo das meninas é avançar para o 6º ano do Ensino Fundamental.

Os projetos que beneficiam as irmãs são aplicados na Escola Municipal Maria de Lourdes Almeida Machado, onde atua a professora do Acelera Brasil, Mildred Gomes: “As crianças vêm de situações complicadas. A questão social delas é muito dura, uma realidade difícil. Mas eu fui encontrando um caminho para o desenvolvimento de cada uma e foi dando certo. A estratégia que eu usei foi transformar as aulas em mais dinâmicas. Eu busco formas de me renovar e me dá mais vontade de fazer quando eu vejo o resultado positivo nas crianças”, relata.

Sobre os projetos

Por meio do apoio às Secretarias de Educação, no campo da gestão e da formação integral de educadores, o Acelera Brasil promove a recuperação da aprendizagem de alunos com distorção idade-série matriculados do 3º ao 5º ano do ensino fundamental. Ao participarem da proposta, os alunos aprendem o suficiente para saltar até dois anos escolares, ao mesmo tempo em que resgatam sua autoestima e desenvolvem outros aspectos socioemocionais.

Já o Se Liga surgiu em função da necessidade de atender uma grande parcela de alunos com distorção idade-série que cursavam a solução educacional Acelera Brasil, mas não conseguiam acompanhar o programa pois não sabiam ler e escrever.  A partir disso, consagrou-se como um programa de alfabetização que leva às escolas uma dinâmica escolar pautada na educação integral do aluno, na qual ele é estimulado não apenas em suas capacidades cognitivas, mas também nas habilidades socioemocionais. Em 2009, o MEC incluiu o Se Liga no Guia de Tecnologias Educacionais, uma seleção de programas inovadores que promovem educação de qualidade nas diversas etapas da educação básica.


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