
Líderes da oposição protocolaram nesta quinta-feira (12/09/2019) pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar “a violação dos princípios constitucionais e do Estado Democrático de Direito, em razão da suposta articulação entre os membros da Procuradoria da República no Paraná e o então juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, tornada pública pelo site The Intercept, no mês de junho deste ano” (RCP 5/19).
A série de matérias com o conteúdo do vazamento das supostas mensagens trocadas entre Moro e os procuradores ficou conhecida como “Vaza Jato”. Após a conferência de assinaturas do requerimento de criação da CPI, a Mesa Diretora da Câmara identificou 175 apoiadores, quatro a mais do que o necessário.
Encabeçam o pedido, os líderes André Figueiredo (PDT-CE), Alessandro Molon (PSB-RJ – Oposição), Ivan Valente (Psol-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ – Minoria); Paulo Pimenta (PT-RS); Tadeu Alencar (PSB-PE); e Daniel Almeida (PCdoB-BA).
Para que a CPI seja criada, o requerimento deve ser lido em Plenário da Câmara dos Deptuados.
Sérgio Moro atua para barrar CPI que pode investigá-lo na Câmara dos Deputados, revela reportagem da Coluna Radar da Revista Veja
Segundo a Coluna Radar da Revista Veja, bateu o desespero da base de apoio a Sergio Moro no Congresso Nacional. A oposição protocolou nesta sexta-feira, 13, pedido de abertura de uma CPI para investigar as relações do Ministério Público do Paraná com o então juiz Moro.
O pedido de CPI, assinado por oito parlamentares da oposição, cita uma “suposta articulação” entre os procuradores e o ex-juiz, com base nas revelações do The Intercept.
Talvez o principal defensor de Sergio Moro na Câmara, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), quando soube que o documento tinha sido protocolado, com 175 assinaturas, liderou um movimento para esvaziar o pedido. São necessárias 171.
Augusto disse já ter convencido seis parlamentares a retirarem suas assinaturas, entre as quais Tabata Amaral (PDT-SP) e Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Mas continua sua saga. O objetivo é retirar o apoio de deputados para “respirar tranquilo”.
Ele disse que conversou com Alexandre Frota (PSDB-SP), que estaria inclinado a tirar seu nome da lista. E abordou outros sete.
Capitão Augusto é o coordenador da Bancada da Bala, relator do pacote das medidas de Moro para combate ao crime e interlocutor diário do ministro.
O deputado tem mantido Moro a par desse movimento de retirada de assinaturas e a cada sucesso obtido comunica ao ministro.
O parlamentar está indignadíssimo com o governo, que não se mobilizou para evitar essa CPI e nem o está ajudando em esvaziá-la.
“O governo que deveria estar fazendo esse corpo a corpo. Inacreditável isso. Não é possível que o governo não estava sabendo dessa CPI nos bastidores, e não se mobilizou antes. Não vi um movimento do governo. Tem gente que assinou isso aí e nem sabia. São essas assinaturas colhidas nos corredores e de qualquer jeito”.
Perguntado qual a reação de Moro quando soube por ele da CPI, e como está se sentindo, Augusto respondeu:
“Não posso falar. Mas ninguém sai comemorando a instalação de uma CPI contra si mesmo”.
Pelo regimento, quando um pedido de CPI é protocolado não se pode mais retirar assinatura. Mas, acredita o capitão Augusto, que se o signatário solicitar a retirada em até 24 horas após o protocolo, tem que ser aceito.
*Com informações da Agência Câmara e da Coluna Radar da Revista Veja.
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