Salvador: Fundação Gregório de Mattos lança o livro Pedra de Xangô; um lugar sagrado afro-brasileiro, de Maria Alice Pereira da Silva

Convite de lançamento do livro 'Pedra de Xangô'.
Convite de lançamento do livro 'Pedra de Xangô'.
Convite de lançamento do livro 'Pedra de Xangô'.
Convite de lançamento do livro ‘Pedra de Xangô’.

A Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), lança o livro Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador, de Maria Alice Pereira da Silva. O evento acontece no dia 18 de setembro de 2019, a partir das 14 horas, no Espaço Cultural da Barroquinha.

Na ocasião, além do lançamento, a FGM promove um seminário tendo como temática o conteúdo da obra de Maria Alice, às 14 horas, com uma mesa de abertura que contará com a presença de Fabio Velame da Faculdade de Arquitetura da UFBA (FAUFBA), André Fraga da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (SECIS), Ivete Sacramento da Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR), Tata Muitá Imê do Mutalombo Yê Kaiong, Fernando Guerreiro Presidente da Fundação Gregório de Mattos e ACM Neto Prefeito de Salvador.

Às 14h30, o Pedra de Xangô em Rede contará com a participação de Tânia Scofield da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), falando sobre o Projeto Parque em Rede Pedra de Xangô, de Milena da S. Tavares, Diretora de Patrimônio e Humanidades da FGM, que vai falar sobre o processo de tombamento da Pedra de Xangõ, Everaldo Duarte representante do Grupo de Trabalho de Implementação do parque em Rede Pedra de Xangô e a presença de Sônia Mendes, Representante do Povo de Santo de Cajazeiras.

Às 16h, acontece a palestra, ministrada pela própria autora, sobre o livro. E às 17h, acontece oficialmente o lançamento do livro, Pedra de Xangô, Um Lugar Sagrado Afro-Brasileiro na Cidade de Salvador, de Maria Alice Pereira da Silva.

A obra

Fruto de um trabalho minucioso, a dissertação de mestrado da pesquisadora, que integra o grupo de EtniCidades da Faculdade de Arquitetura da Ufba, Maria Alice Pereira da Silva serviu de base teórica para o tombamento da Pedra de Xangô e da área considerada Sítio Histórico do Antigo Quilombo Buraco do Tatu.

Maria Alice Pereira da Silva é advogada, mestra e doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA. Ex-Secretária Municipal da Reparação da Cidade de Salvador, foi a primeira presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Direitos dos Afrodescendentes – OAB/BA. É sócia efetiva do IGHB (Instituto Geográfico e Histórico da Bahia) e membro do IAB (Instituto dos Advogados da Bahia). Estudiosa das questões afro-brasileiras, atua na área de direitos humanos, inclusão social e políticas públicas.

Em seu estudo, a autora discorre sobre a formação rochosa de 8m de altura e, aproximadamente, 30m de diâmetro, localizada na Avenida Assis Valente em Cajazeiras. Além de analisar a importância da Pedra de Xangô enquanto elemento cultural, para os terreiros de Cajazeiras, bem como para cultura afro-brasileira, o livro também investiga a utilização da Pedra em festas públicas, dentro do calendário litúrgico dos terreiros e no cotidiano das religiões de matriz africana; investigando como as manifestações culturais e as mobilizações sociais viabilizam, juntamente com as demais táticas de resistência, a preservação do monumento lítico.

Para servir como base teórica para a pesquisa foram selecionados seis comunidades terreiros: Ilê Axé Tumbi Odé Oji, Mutalombo Yê Kaiongo, Ilê Axé Odé Toke Ji Lodem, Ilê Axé Odé Oxalufã, Ilê Axé Obá Baba Séré, e o Ilê Tomim Kiosise e Ayo. A dissertação subsidiou a criação da Apa Municipal Assis Valente e o Parque em Rede Pedra de Xangô, no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de 2016, bem como a instrução do processo de tombamento da Pedra de Xangô junto a Fundação Gregório de Mattos.

“A dissertação ‘Pedra de Xangô: um lugar sagrado afro-brasileiro na cidade de Salvador’ desempenhou um importante papel para o tombamento do monumento sagrado – Pedra de Xangô. Até então, não existia literatura sobre o assunto e era preciso salvaguardar esse patrimônio – tão importante para a cidade de Salvador e que se encontrava ameaçado. Era necessário proteger a Pedra de Xangô. O livro que ora a FGM publica, nada mais é do que o laudo etnográfico do tombamento da Pedra de Xangô. Uma construção coletiva que teve a participação de muitas mãos, principalmente, as mãos do povo de terreiro desta cidade”, explica Maria Alice.

“O que esperar dessa obra? Um legado para o povo do axé e o registro desse conhecimento que precisa ser acessado por todos!”, afirma Fernando Guerreiro, Presidente da fundação Gregório de Mattos.


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