“Austerícidio” sofre derrota eleitoral em Portugal, destaca senador Jaques Wagner

Jaques Wagner (PT-BA), senador da República
Jaques Wagner (PT-BA), senador da República, comemora vitória dos socialistas em Portugal.
Jaques Wagner (PT-BA), senador da República
Jaques Wagner (PT-BA), senador da República, comemora vitória dos socialistas em Portugal.

O senador Jaques Wagner (PT-BA) destacou nessa quinta-feira (10/10/2019) o resultado das eleições legislativas realizadas no último domingo (06), em Portugal, que consagrou, nas urnas, os partidos de esquerda daquele País. O principal destaque é o Partido Socialista, que, na opinião do parlamentar, teve uma “vitória extraordinária”.

A legenda de centro-esquerda obteve 36,6% dos votos, o que permite ocupar 106 das 230 cadeiras disponíveis na Assembleia da República; comparando com as últimas eleições (2015), foram 20 cadeiras a mais. Jaques Wagner observou que as demais legendas de esquerda também lograram êxito. O Bloco de Esquerda conseguiu 19 assentos, e a Coligação Democrática Unitária, formada pelos comunistas e pelos verdes, passou a ter 12 assentos.

“Ressalte-se que essas agremiações concorreram separadamente, já que a ‘Geringonça’ não é uma coligação parlamentar formal. Ao todo, a ‘Geringonça’ tem agora 137 cadeiras no parlamento, o que permite compor uma maioria folgada para continuar a governar Portugal”, destacou.

No campo da direita, o rival PSD, principal legenda da oposição em Portugal, terminou com 28% dos votos, o que equivale a 77 assentos, 30 cadeiras a menos das que obtivera em 2015, o pior resultado das últimas décadas. Já o CDS, conservador, terminou com míseros 5 assentos.

A expressiva vitória dos partidos de esquerda, na avaliação de Wagner, é uma resposta da população de Portugal aso modelo econômico adotado pela ‘Geringonça’ que vai na contramão das políticas de austeridade adotadas em outros países europeus, como a Grécia e a Espanha, depois da crise econômica mundial de 2008.

“Portugal apostou na criação de maior demanda interna, aumentando o investimento público nesse período. Como se fez em outros países europeus e como se faz no Brasil de hoje, o governo conservador anterior à Geringonça havia seguido, de forma bovina, o receituário ortodoxo do ‘austericídio’”, explicou o senador.

O governo anterior, conservador, havia diminuído pensões e aposentadorias, reduzido salários do setor público e cortado gastos em investimentos públicos em todos os níveis.

“O resultado foi que se criou um grande rombo no orçamento das famílias, particularmente das mais pobres, mas não se resolveu o rombo do orçamento público, pois a queda brutal nas receitas, provocada pela redução da demanda interna associada à austeridade, foi maior do que a economia propiciada pelo corte nos gastos e nos investimentos”, alertou Wagner.


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