Jornalista Leandro Demori apresenta capítulo 1 do ‘Dicionário da #VazaJato’

Ministro do STF Gilmar Mendes diz que existem indícios de ORCRIM na relação instituída entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
Ministro do STF Gilmar Mendes diz que existem indícios de ORCRIM na relação instituída entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
Ministro do STF Gilmar Mendes diz que existem indícios de ORCRIM na relação instituída entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
Ministro do STF Gilmar Mendes diz que existem indícios de ORCRIM na relação instituída entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.

Editor executivo do The Intercept Brasil, o jornalista Leandro Demori está desenvolvendo o dicionário da linguagem utilizada pelo ex-juiz Sérgio Moro, procurador da República Deltan Dallagnol e demais membros da força-tarefa do Caso Lava Jato registrado nas trocas de mensagens de WhatsApp, que foram objeto da série de matérias com tema ‘As mensagens secretas da Lava Jato (#VazaJato ou Mensagens Vazadas)’.

As reportagens sobre as ‘mensagens vazadas’ revelaram graves indícios de organização criminosa promovida por agentes do Estado que atuaram no Caso Lava Jato e uso de linguagem vulgar e agressiva contra membros das instituições, a exemplo do Supremo Tribunal Federal e Senado Federal, além de interferência na ordem democrática do país, com a finalidade de ganho pessoal de riqueza e poder.

Exemplos dos termos do dicionário

Melindrar
Transitivo direto e pronominal
Magoar, chocar ou ferir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Melindra alguém cujo apoio é importante”

Filigrana
Sentido figurado
Detalhe, minúcia, particularidade que impede Deltan Dallagnol de fazer o que bem entender pra denunciar alguém.
“Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político”.

Showzinho
Diminutivo do substantivo masculino ‘show’
Espetáculo apresentado em teatro, televisão, rádio, casas noturnas ou mesmo no tribunal, por advogados, quando Sergio Moro não vai com a cara do réu.
“Por que a Defesa já fez o showzinho dela.”

Confidencialidade
Adjetivo de dois gêneros
Palestra de Deltan Dallagnol e Luiz Fux para banqueiros que tem caráter não divulgável; sigilosa, secreta, clandestina.
“Esse bate-papo é privado, com compromisso de confidencialidade, onde o convidado fica à vontade para fazer análises e emitir pareceres sobre os temas em um ambiente mais controlado.”

In Fux we trust
Expressão idiomática
Corruptela de In God We Trust (Em Deus Confiamos), lema nacional dos Estados Unidos e do estado da Flórida, adaptado pela Lava Jato pra dizer que eles têm um ministro do Supremo na mão.
“In Fux we trust.”

Aha, Uhu, o Fachin é nosso
Expressão idiomática
Corruptela de “Aha, Uhu, o Maraca é nosso!”, canto da torcida do Flamengo reivindicando direito de posse do estádio do Maracanã, adaptado pela Lava Jato pra dizer que eles têm outro ministro do Supremo na mão.
“Aha, Uhu, o Fachin é nosso!”

Por favorzinho
Locução adverbial
Súplica do assessor para evitar que o chefe Deltan Dallagnol faça a besteira de participar de um evento ao lado de Jair Bolsonaro.
Deltan rejeitou receber prêmio ao lado de Bolsonaro e “radicais de direita”

Reservado
substantivo masculino
Ato ou efeito de reservar(-se); coisa reservada; reservação usada pelo ex-juiz Sergio Moro para sugerir por baixo dos panos testemunhas de acusação ao Ministério Público Federal ou para expulsar a procuradora Laura Tessler das audiências por ser despreparada.
Exclusivo: chats privados revelam colaboração proibida de Sergio Moro com Deltan Dallagnol na Lava Jato

Shou
Corruptela do substantivo masculino ‘show’
Expressão usada por Deltan Dallagnol para comemorar a manipulação de movimentos sociais e atacar o Supremo Tribunal Federal
Deltan e Lava Jato usaram Vem Pra Rua e instituto Mude como lobistas para pressionar STF e governo

Escusas
substantivo feminino
Ato ou efeito de escusar(-se); desculpa, justificação de Sergio Moro por ter chamado membros do MBL de “tontos”.
Lava Jato articulou apoio a Moro diante de tensão com STF, mostram mensagens.

ORCRIM

Observa-se que, de maneira precisa, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes definiu os procuradores da República que atuam na força-tarefa do Caso Lava Jato como membros de uma sofisticada Organização Criminosa (ORCRIM), que age partidariamente, em busca de riqueza e poder pessoal. Na análise do membro do STF, Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Bolsonaro e ex-juiz da 13º Vara Federal de Curitiba, em associação com Deltan Dallagnol, procurador da República e chefe da força-tarefa do Caso Lava Jato, são parte do esquema criminoso.


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