Bahia registra quase 2 mil mortes por DPOC em 2019

Larissa VossSadigursky, pneumologista e membro da Diretoria da Sociedade de Pneumologia Regional Bahia.
Larissa VossSadigursky, pneumologista e membro da Diretoria da Sociedade de Pneumologia Regional Bahia.
Larissa VossSadigursky, pneumologista e membro da Diretoria da Sociedade de Pneumologia Regional Bahia.
Larissa VossSadigursky, pneumologista e membro da Diretoria da Sociedade de Pneumologia Regional Bahia.

O Estado da Bahia registrou em 2019 quase duas mil mortes por DPOC, ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, uma síndrome clínica que compreende a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. As mortes foram em sua maioria (806) de idosos acima dos 80 anos.

Os sintomas mais comuns da DPOC são falta de ar aos esforços, tosse, expectoração e cansaço, que aparecem quando a inflamação dos brônquios e o excesso de muco dificultam a passagem do ar, causando perda progressiva da função pulmonar.

A pneumologista e membro da Diretoria da Sociedade de Pneumologia Regional Bahia, Dra. Larissa VossSadigursky, explica o diagnóstico da doença. “A DPOC inclui o diagnóstico de bronquite obstrutiva crônica e enfisema. Muitas pessoas têm ambos os distúrbios”, esclarece.

Dra. Larissa exemplifica a diferença entre eles. “A bronquite crônica é definida como tosse que produz escarro repetidamente durante dois anos consecutivos. Quando a bronquite crônica envolve obstrução do fluxo aéreo, ela se qualifica como bronquite obstrutiva crônica”, pontua.

Quanto ao enfisema, a médica define que ele é a destruição generalizada e irreversível das paredes alveolares e o alargamento de muitos dos alvéolos. “Essas paredes são as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que compõem os pulmões”, informa.

Os principais fatores de risco para a DPOC são o tabagismo que leva ao agravamentoda asma, restringindo as atividades do indivíduo e contribuindo para a incapacidade, e a queima de biomassa (fogão a lenha, carvão, queimadas).

A DPOC, por ser uma doença crônica, deve ser controlada a longo prazo, com medicações de controle, definidas pelo médico mediante a gravidade do caso. “Grande parte dos pacientes tomam remédios que auxiliam na limpeza das vias aéreas, facilitando a respiração, e diminuindo a inflamação ou aumentando o crescimento e a reparação tecidual”, enfatiza a especialista.

“Pessoas que começaram a perder o fôlego ou ficam ofegantes durante um exercício físico, por exemplo, ou que têm tosse repetitiva ou algum histórico de exposição à fumaça, devem fazer a espirometria. O exame é rápido, indolor e não é invasivo”, conclui.


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