O deputado federal José Wilson Santiago (PTB-PB) foi afastado do cargo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após ser alvo de operação da Polícia Federal, que investiga superfaturamento e pagamento de propina em obra no sertão da Paraíba.
Também foram afastados do cargo o prefeito de Uiraúna (PB), João Bosco Nonato Fernandes, quatro assessores do deputado federal e um funcionário da prefeitura, que também estão sob investigação. Um empresário também está entre os investigados.
A Polícia Federal faz na manhã deste sábado operação de busca e apreensão no gabinete do deputado federal.Também foram feitas buscas na residência do parlamentar.
O advogado de Santiago, Luís Henrique Machado, acompanha as buscas no gabinete e confirmou o afastamento do parlamentar, por prazo indeterminado. “O deputado Wilson Santiago recebe com respeito e acatamento a decisão do Ministro Celso de Mello. Está absolutamente tranquilo e demonstrará, em momento oportuno, a inexistência de qualquer relação com os fatos investigados”, afirmou.
A busca no Congresso Nacional faz parte da operação “Pés de Barro”, deflagrada nesta manhã para desarticular uma organização criminosa suspeita de superfaturamentos e pagamentos de propinas em obras no sertão da Paraíba.
Segundo a PF, a operação cumpre 13 mandados de busca e apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados, quatro mandados de prisão preventiva e sete ordens de afastamento de funções públicas em Brasília (DF), João Pessoa (PB), Uiraúna (PB) e São João do Rio do Peixe (PB).
As ordens de busca e apreensão, prisão preventiva e suspensão do exercício de funções públicas foram expedidas pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), já que Santiago tem foro privilegiado por ser parlamentar.
Os investigados responderão por crime de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa, com penas que somam 20 anos de prisão.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações apuram irregularidades na construção da “Adutora Capivara”, um sistema de R$ 24,8 milhões no sertão da Paraíba. Segundo as investigações, foram distribuídas propinas de R$ 1,2 milhão.
O inquérito policial federal foi baseado em proposta de colaboração premiada, apresentada pela Polícia Federal e acolhida pelo STF. Também foi determinada a indisponibilidade de imóveis em nome dos investigados.
*Com informações de Lorenna Rodrigues e Felipe Frazão, do Broadcast de Política do Estadão.
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